Mãe mata e joga filha de 9 anos em lixeira no RS

Polícia revela evidências de sofrimento físico e mental extremo; Conselho Tutelar já acompanhava o caso

Por Plox

13/08/2024 16h07 - Atualizado há cerca de 1 mês

O corpo de Kerollyn Souza Ferreira, de apenas 9 anos, foi encontrado na manhã da sexta-feira (9/8) em um contêiner de lixo em Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A mãe da menina, principal suspeita do crime, foi presa temporariamente no sábado (10/8) e é acusada de ter submetido a filha a tortura e de ter causado sua morte.

Foto: reprodução

Denúncias de negligência e maus-tratos

Kerollyn morava com a mãe e os irmãos em Guaíba, enquanto seu pai, Matheus Ferreira, reside em Santa Catarina. Em entrevista, Matheus relatou que desconhecia a gravidade da situação em que sua filha vivia, mas vizinhos revelaram que a menina "dormia na rua" e "comia comida do lixo". Matheus lamentou a falta de cooperação da mãe: "Sempre deixei claro para ela: ‘Cara, se tu não quer cuidar da guria, se tu não tem paciência, então dá a guria para mim, deixa que ela fica comigo, que eu cuido, e não tem problema’. Só que ela [a mãe] nunca quis, ela nunca aceitou", afirmou.

O Conselho Tutelar de Guaíba já acompanhava o caso de Kerollyn e tinha um expediente aberto por violação de direitos. Entretanto, a situação se agravou, culminando na morte trágica da menina.

Investigação e evidências

A Polícia Civil apresentou provas contundentes de que a mãe submetia Kerollyn a intenso sofrimento físico e mental, configurando um cenário de "negligência e extrema agressividade". A investigação classificou o caso como maus-tratos, abandono de incapaz e tortura. Em depoimento, a mãe demonstrou frieza e raiva ao ser informada sobre a suspeita de que o corpo encontrado era de sua filha. As autoridades aguardam os resultados dos exames de corpo de delito para determinar a causa exata da morte da criança.

O caso chocou a comunidade local e trouxe à tona questões sobre a eficácia da proteção de menores em situações de risco, reforçando a importância de um acompanhamento mais rigoroso por parte das autoridades competentes.

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