Inflação desacelera e impulsiona otimismo nos mercados
Divulgação dos índices de inflação no Brasil e nos EUA anima investidores; dólar atinge menor cotação em mais de um ano
Por Plox
13/08/2025 10h17 - Atualizado há 3 dias
Os investidores receberam com entusiasmo os dados divulgados nesta quarta-feira (13) sobre a inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o que provocou uma onda de otimismo nos mercados financeiros. No Brasil, o IPCA-15 apresentou desaceleração em relação ao mês anterior, apesar de o índice ainda registrar alta.

Mesmo com o avanço nos preços das passagens aéreas — principal componente de pressão no índice — o resultado veio dentro das expectativas do mercado e reforçou o cenário de controle gradual da inflação. Esse movimento foi suficiente para impulsionar o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, que encerrou o dia em alta.
O impacto positivo se estendeu também para o câmbio: o dólar comercial recuou e atingiu a menor cotação em mais de doze meses. Outro reflexo imediato foi a queda nos juros futuros, o que pode sinalizar expectativas de alívio monetário mais à frente.
Nos Estados Unidos, a divulgação do CPI (Consumer Price Index) também contribuiu para o humor dos mercados. O índice de preços ao consumidor norte-americano trouxe sinais de arrefecimento, reforçando a percepção de que o Federal Reserve poderá manter uma postura menos agressiva em relação aos juros.
\"A inflação é o tema central da semana, e os dados divulgados mostram uma tendência que pode favorecer os mercados\", avaliou Rita Mundim, economista e especialista em mercado de capitais.
Com experiência como professora da Fundação Dom Cabral e membro do Conselho de Política Econômica da FIEMG, Rita destacou ainda que os dados desta quarta-feira se somam à expectativa por balanços corporativos, que também movimentam o cenário econômico.
A combinação entre alívio inflacionário e bons resultados financeiros traz alento aos investidores, ao menos por enquanto, num momento em que o cenário externo apresenta incertezas geopolíticas e medidas tarifárias que ainda precisam ser digeridas pelos mercados.