Relatório dos EUA denuncia aumento da violência policial em São Paulo e critica Alexandre de Moraes

O governo dos Estados Unidos, sob a administração do presidente Donald Trump, divulgou nesta terça-feira (12) um relatório que coloca o Brasil em posição de alerta no cenário internacional de direitos humanos. O documento cita de forma direta a violência policial no estado de São Paulo, ocorrida durante a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e aponta que a situação geral do país nesse campo se deteriorou no último ano.

Entre os pontos destacados, o texto norte-americano dedica um trecho ao tema das “execuções extrajudiciais” e menciona que a Polícia Militar paulista esteve envolvida em diversas mortes, especialmente nas operações Escudo e Verão. Essas ações resultaram em pelo menos 28 vítimas, ocorrendo em diferentes períodos: a primeira no início do ano, voltada ao combate de organizações criminosas internacionais, e a segunda, de julho de 2023 até abril, concentrada na Baixada Santista.

\"Houve diversos relatos de homicídios arbitrários ou ilegais cometidos pela polícia durante o ano\"

, afirma o relatório, ao se referir às intervenções letais das forças de segurança. O documento também reserva críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, inserindo seu nome no contexto de violações e pressões políticas citadas.

O alerta dos EUA chega num momento em que dados do Mapa da Segurança Pública de 2025, divulgados pelo Ministério da Justiça, indicam um aumento de 61,31% nas mortes causadas por intervenção policial em São Paulo, conforme noticiado pela CNN.

O relatório do Departamento de Estado americano reforça o clima de tensão internacional sobre a condução da segurança pública no Brasil, especialmente no estado paulista, onde operações de alto impacto continuam sendo alvo de questionamentos dentro e fora do país.