Surto de hepatite A atinge 13 alunos em escola de Duque de Caxias

Casos foram registrados na Escola Municipal Olga Teixeira; um adolescente de 16 anos está internado na UTI. Pais cobram fechamento da unidade e medidas mais rígidas

Por Plox

13/08/2025 15h47 - Atualizado há 2 dias

Treze estudantes da Escola Municipal Olga Teixeira de Oliveira, situada no bairro Parque Lafaiete, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram diagnosticados com hepatite A nos últimos dias. Um dos adolescentes, de 16 anos, encontra-se internado em estado grave na UTI.


Imagem Foto: Reprodução


A hepatite A é uma infecção viral que afeta o fígado e pode ser transmitida pelo contato entre pessoas ou por meio do consumo de água e alimentos contaminados. Os pais relatam preocupação com novos possíveis casos, enquanto a escola continua funcionando normalmente.



“É dentro de uma escola, onde acreditamos que nossos filhos estão seguros, mas eles estão correndo risco de vida”, desabafou a dona de casa Suelen Vasconcelos. Já o aposentado Luiz Carlos Carmo contou que o filho de 16 anos começou a apresentar vômitos, dor abdominal, urina escura e febre alta antes de ser levado para a UTI.


Outros dois filhos da cabeleireira Alessandra Ferreira também foram afetados. “Notei os olhos muito amarelos, além de febre e dor abdominal intensa”, relatou ela.


Como medida emergencial, a escola lacrou os bebedouros, passou a abastecer as caixas d’água com fornecimento direto da rua e desativou a cisterna, que pode ter sido a origem da contaminação. Segundo Suelen, a estrutura da cisterna facilita a entrada de água suja durante as chuvas por estar em nível muito baixo e próximo a um valão.



Nesta quarta-feira (13), técnicos da concessionária Águas do Rio estiveram na unidade escolar para coletar amostras e realizar testes de qualidade da água. Enquanto isso, a direção comunicou aos pais que está distribuindo água mineral para alunos e funcionários e, quando acabar, utilizará água fervida. Os banheiros do andar superior foram interditados e há orientação para os alunos lavarem as mãos com sabonete e evitarem compartilhar talheres e copos.


“Como evitar o contato entre mais de mil crianças? Essas medidas não bastam. O ideal seria fechar a escola temporariamente”, defendeu Suelen.



A Prefeitura de Duque de Caxias informou que a Secretaria Municipal de Saúde está acompanhando o caso de perto e tomou todas as providências cabíveis. A Vigilância Sanitária esteve na unidade, e as recomendações estão sendo seguidas.


Ainda segundo o município, a cisterna e a caixa d’água são submetidas a testes mensais por empresa independente. A Secretaria de Educação complementou dizendo que está distribuindo água mineral e álcool em gel aos alunos e funcionários.



Caminhões-pipa também foram enviados para abastecer a escola enquanto a origem da contaminação é apurada.


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