Governo central registra déficit de R$ 25,7 bilhões em agosto
Comparação anual revela melhoria, com déficit 51,2% menor que o do mesmo período em 2022
Por Plox
13/09/2023 14h43 - Atualizado há mais de 1 ano
Em dados recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira (13), o governo central apresentou um déficit primário de R$ 25,7 bilhões em agosto de 2023. Tal déficit ocorre quando as despesas totais, que alcançaram R$ 160,3 bilhões, superam as receitas, que ficaram em R$ 134,6 bilhões no mês. Interessante destacar que, comparado ao déficit de R$ 52,7 bilhões de agosto do ano anterior, houve uma redução de 51,2%.
Análise das receitas
No oitavo mês deste ano, o Ipea identificou reduções nas receitas: houve uma queda de 30,1% nas receitas não gerenciadas pela Receita Federal e de 8,4% nas que são administradas por ela. Este cenário foi comparado ao mesmo período em 2022. Contudo, essa redução foi atenuada pelo aumento de 3% na arrecadação do Regime Geral de Previdência Social, resultando em uma perda líquida de 7,1% nas receitas totais em comparação a agosto de 2022. Em relação aos tributos geridos pela Receita Federal, somente o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-combustíveis) apresentaram alta em relação a 2022. Os demais tiveram decréscimos.
Panorama das despesas
Em agosto, o aumento dos gastos com controle de fluxo foi marcante, crescendo 56%, impulsionado pelo pagamento do programa Bolsa Família. Contudo, houve reduções significativas em outros setores: as despesas com previdência e pessoal diminuíram em 91%, os créditos extraordinários caíram 97% e as despesas discricionárias tiveram uma redução de 48%.
Ao longo de 2023, o déficit acumulado atingiu R$ 102,9 bilhões. Em contraste, durante o mesmo período em 2022, o governo central havia conseguido um superávit de R$ 26,3 bilhões.