Aumento das queimadas em Ipatinga prejudica qualidade do ar; veja como é feito o monitoramento pela Usiminas
Usiminas e forças de segurança intensificam combate às queimadas no Vale do Aço
Por Plox
13/09/2024 19h10 - Atualizado há 8 meses
Entre janeiro e setembro de 2024, a Usiminas registrou 51 incêndios florestais em suas áreas de preservação, o que representa um aumento de 41% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 36 incêndios. Há suspeita que muitos desses incêndios florestais tenham sido criminosos. A Usiminas, em conjunto com a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Defesa Civil e Vale, intensificou as ações de combate às queimadas nas áreas de preservação do Vale do Aço. E a Central de Monitoramento Ambiental da siderúrgica monitora a qualidade do ar na cidade 24 horas por dia. O Plox foi até a Central e bateu um papo com a gerente de Meio Ambiente da Usiminas, Mônica Lima. Acompanhe na Live.
Monitoramento contínuo
A Central de Monitoramento Ambiental da Usiminas opera 24 horas por dia. Com quatro estações de monitoramento da qualidade do ar e câmeras estratégicas, a Usiminas consegue visualizar e identificar focos de queimadas em suas áreas de preservação. Mônica Lima, da área de Meio Ambiente da Usiminas, destaca: “Estamos acompanhando tudo o que acontece aqui dentro e lá fora também. Nós temos câmeras que nos permitem monitorar as áreas de preservação, além de nossas estações que analisam a qualidade do ar”.

Impacto na qualidade do ar
As queimadas têm resultado em um aumento significativo na concentração de partículas inaláveis na atmosfera, prejudicando a qualidade do ar na região. Mônica Lima explica que “observamos um aumento nos níveis de partículas inaláveis e a classificação da qualidade do ar em alguns bairros passou para 'moderada', como resultado das queimadas. As fuligens emitidas pelas queimadas são responsáveis por essa maior concentração de partículas e o consequente impacto negativo na qualidade do ar”.
Importância da prevenção

Para minimizar os impactos das queimadas, a Usiminas destaca a necessidade de colaboração da comunidade do Vale do Aço na prevenção desses incêndios. A empresa reforça que qualquer foco de incêndio deve ser denunciado imediatamente por meio do número 193, permitindo uma resposta rápida e eficaz dos Bombeiros Militares. A ação conjunta e a conscientização da população são fundamentais para reduzir o número de ocorrências e proteger as áreas de preservação da região.

Aumento significativo de incêndios
Entre janeiro e setembro de 2024, a Usiminas registrou 51 incêndios florestais em suas áreas de preservação, o que representa um aumento de 41% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 36 incêndios. Esse aumento reflete uma tendência preocupante em Minas Gerais, onde mais de quatro mil focos de incêndio foram registrados até o final de agosto de 2024, um crescimento de 52% em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o maior número de focos registrados desde 2010, impulsionado por fatores como seca prolongada, baixa umidade do ar e vegetação seca.