Após condenação de Jair Bolsonaro, STF já tem como alvo o filho Eduardo

Trump tem aplicado tarifas a vários países do mundo, mas no caso do Brasil, argumenta-se que a culpa é de Eduardo Bolsonaro

Por Plox

13/09/2025 09h25 - Atualizado há cerca de 6 horas

Após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e outros crimes, o Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para analisar mais um caso de grande repercussão envolvendo a família Bolsonaro. Desta vez, o foco das investigações é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusado de atuar contra os interesses do Brasil durante sua estadia nos Estados Unidos.

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Foto: divulgação/Arte PLOX

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar denúncia ao STF nas próximas semanas. O caso promete reacender o embate entre a Corte e aliados do ex-presidente, especialmente com o ministro Alexandre de Moraes, relator de investigações contra a direita.

Atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Eduardo Bolsonaro é acusado de articular, em território norte-americano, ações políticas e econômicas que contrariam a soberania brasileira. O deputado teria buscado o apoio de autoridades ligadas ao ex-presidente Donald Trump para pressionar o Brasil por meio de tarifas comerciais e sanções diplomáticas.

Desde março, o deputado reside nos Estados Unidos e estaria intensificando contatos com representantes da ala conservadora americana, inclusive incentivando medidas como o aumento de tarifas de importação e a inclusão do ministro Alexandre de Moraes em listas de sanção internacionais.

Nos bastidores de Brasília, já se fala que combinação de apoio a sanções externas e ameaças a membros do Judiciário já seria suficiente para que STF justifique a sua prisão.

Caso a prisão seja decretada e Eduardo permaneça nos EUA, ele poderá ser considerado foragido. O cenário abriria caminho para a solicitação de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados.

Críticas nas redes e provocações

Logo após a condenação de Jair Bolsonaro, Eduardo usou suas redes sociais para criticar novamente o ministro Alexandre de Moraes. Em publicações no Instagram, comparou o ministro a ditadores históricos e afirmou: “Dou graças a Deus que temos o aliado mais poderoso do mundo do nosso lado e que vamos virar esse jogo.”

No X (antigo Twitter), manteve o tom desafiador ao dizer que a data da condenação não foi o fim de um ciclo, mas o início de um novo período de embate.

Tarifaço e sanções diplomáticas

Durante sua estadia nos EUA, Eduardo comemorou medidas adotadas contra o Brasil, como a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o cancelamento de vistos de autoridades nacionais e a inclusão do ministro Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky — legislação americana que pune indivíduos acusados de violar direitos humanos.

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