Bolsonaro deixa prisão domiciliar para cirurgia na pele neste domingo (14)

Autorizado por Alexandre de Moraes, ex-presidente irá a hospital em Brasília para retirar lesões e pintas da pele; retorno para casa está previsto para o mesmo dia

Por Plox

13/09/2025 12h02 - Atualizado há cerca de 4 horas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sairá de casa pela primeira vez desde que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão. Cumprindo prisão domiciliar, ele deixará sua residência neste domingo (14), em Brasília, para realizar um procedimento ambulatorial em um hospital da capital federal.


Imagem Foto: Reprodução


A intervenção médica, marcada para as 10h no Hospital DF Star, consiste na remoção de pintas e lesões na pele. A previsão é que Bolsonaro receba alta no mesmo dia e retorne à sua casa, onde seguirá em cumprimento da medida cautelar imposta pelo STF.



O deslocamento do ex-presidente foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator das ações contra Bolsonaro na Suprema Corte. A escolta será feita pela Polícia Penal do Distrito Federal. A defesa do político deverá apresentar um atestado de comparecimento ao hospital, com datas e horários, no prazo de até 48 horas após a realização do procedimento.



Bolsonaro foi condenado na última quinta-feira (11) pela Primeira Turma do STF, por liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O placar foi de 4 votos a 1, com os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votando pela condenação. Apenas Luiz Fux se manifestou pela absolvição.



Entre os crimes atribuídos ao ex-presidente estão: golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Além da pena de reclusão, Bolsonaro foi sentenciado ao pagamento de 124 dias-multa, totalizando R$ 376.464,00, com base no salário mínimo vigente à época dos fatos.



Após a decisão, os advogados de Bolsonaro classificaram as penas como excessivas e anunciaram que pretendem recorrer, inclusive a instâncias internacionais.


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