Dia da Cachaça celebra tradição e força de Minas na produção nacional

Neste sábado, 13 de setembro, o Brasil comemora o Dia Nacional da Cachaça, uma data que remonta ao ano de 1661, quando a bebida foi proibida pela Coroa Portuguesa. A decisão provocou uma revolta de produtores no Rio de Janeiro, que pressionaram pela liberação da produção e venda. A vitória veio no mesmo dia, marcando um importante capítulo na história da bebida e de seus apreciadores.

Foto: Pixabay

Oficializada em 2009 pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), durante a Expocachaça realizada em Belo Horizonte, a data visa valorizar a cachaça como símbolo nacional, destacando sua relevância cultural e econômica para o país.

A origem da cachaça remonta ao período colonial, quando os portugueses adaptaram o processo de destilação do caldo de cana, criando um destilado similar à bagaceira. Embora não se saiba ao certo onde ocorreu a primeira produção, acredita-se que a cachaça tenha surgido antes de outras bebidas latino-americanas como pisco, tequila e rum, sendo considerada o primeiro destilado da América Latina.

Minas Gerais se consolidou como referência nacional na produção da bebida. Apesar de as primeiras versões terem sido feitas em Pernambuco e outros estados litorâneos, foi em solo mineiro que a cachaça desenvolveu características marcantes. Atualmente, Minas é responsável por cerca de 200 milhões de litros de cachaça de alambique por ano, representando metade da produção brasileira.

O setor é fundamental para a economia do estado, gerando mais de 100 mil empregos diretos e aproximadamente 300 mil indiretos. Minas Gerais lidera ainda em número de produtores (375), produtos registrados (1.286) e marcas catalogadas (1.680), de acordo com o Anuário da Cachaça 2020.

Para celebrar a data, o VI Ranking da Cúpula da Cachaça destacou as melhores do país em três categorias, com base em votação popular e degustações às cegas:

Cachaças Brancas:

1. Nobre Cristal (Paraíba)

2. Sanhaçu Origem (Pernambuco)

3. Mineiriana Clássica (Minas Gerais)

Cachaças Armazenadas e Envelhecidas:

1. Bem Me Quer Amburana (Minas Gerais)

2. Princesa Isabel Carvalho (Espírito Santo)

3. Regui Brasil Carvalho Americano (Santa Catarina)

Cachaças Premiums e Extra-Premiums:

1. Sanhaçu Soleira (Pernambuco)

2. Magnífica Reserva Soleira (Rio de Janeiro)

3. Margô Premium (São Paulo)

O ranking completo, com as 50 melhores cachaças brasileiras, está disponível no site da Cúpula da Cachaça e em veículos especializados.

A data reforça a importância da cachaça não apenas como produto de consumo, mas como um símbolo cultural enraizado na identidade do povo brasileiro.