Doenças mais comuns na terceira idade e formas de prevenção

Com expectativa de vida em alta, cresce a incidência de doenças ligadas ao envelhecimento; médica orienta sobre como evitá-las desde cedo

Por Plox

13/09/2025 10h53 - Atualizado há cerca de 5 horas

O aumento da longevidade no Brasil tem trazido à tona preocupações com doenças que acometem, com maior frequência, a população idosa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro alcançou 76,4 anos em 2023.


Imagem Foto: Pixabay


Em Belo Horizonte, dados do Censo de 2022 apontam que cerca de 460 mil pessoas possuem mais de 60 anos, refletindo uma realidade nacional de envelhecimento populacional.



Segundo a geriatra Simone de Paula Pessoa Lima, entre as doenças mais comuns na terceira idade estão: hipertensão arterial, diabetes tipo 2, osteoporose, doenças cardiovasculares (como insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana), enfermidades neurodegenerativas como o Alzheimer, além de depressão, osteoartrite (artrose) e doenças pulmonares crônicas.



A médica ainda destaca que o envelhecimento também traz maior risco de quedas, incontinência urinária, alterações sensoriais (visão e audição) e fragilidade do sistema imunológico, o que torna os idosos mais suscetíveis a infecções.


Embora fatores genéticos possam aumentar a predisposição a algumas dessas doenças, como no caso do Alzheimer, diabetes e hipertensão, a especialista ressalta que o estilo de vida desempenha papel determinante no surgimento ou agravamento das condições.


\"Muitos desses problemas podem ser retardados ou evitados com hábitos saudáveis\", afirmou a médica. Ela também lembra que, apesar de mais comuns com o envelhecimento, essas doenças podem atingir adultos mais jovens, especialmente em casos de sedentarismo, má alimentação, tabagismo, alcoolismo, obesidade e histórico familiar.


Para lidar com essas condições, o tratamento deve ser individualizado e acompanhado de forma contínua. Isso inclui medicação, mudanças de comportamento, suporte psicológico, fisioterapia e, quando necessário, orientação de nutricionistas, enfermeiros e terapeutas ocupacionais.


A prevenção deve começar o quanto antes e envolver diversos fatores: alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, controle do peso, abandono do cigarro e do álcool em excesso, manejo do estresse, além de visitas médicas regulares. Vacinação em dia e exames de rotina também são essenciais para detectar alterações precocemente.


\"O principal objetivo é preservar a autonomia, a funcionalidade e a qualidade de vida do idoso. O suporte da família e a adesão ao tratamento fazem toda a diferença\", concluiu a geriatra.



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