Valdemar condiciona nome do PL para 2026 à definição sobre anistia

Líder do partido afirma que Bolsonaro ainda é o plano principal, mas admite chapa sem o sobrenome da família

Por Plox

13/09/2025 11h28 - Atualizado há cerca de 5 horas

A definição do nome que representará o Partido Liberal (PL) nas eleições presidenciais de 2026 será tomada apenas após a conclusão do debate sobre uma possível anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi o que afirmou Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla, durante entrevista publicada neste sábado (13) pelo jornal

Imagem Foto: PL
O Globo.



Segundo Valdemar, o objetivo da legenda ainda é manter Bolsonaro como cabeça de chapa, mas essa possibilidade depende da reversão de sua inelegibilidade.
“Bolsonaro ainda pode ser candidato. É o nosso objetivo”, declarou o dirigente partidário

. Caso isso não ocorra, Valdemar admitiu que o partido pode seguir por um caminho sem qualquer integrante da família Bolsonaro na disputa presidencial, descartando nomes como o do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ou da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


“Tem chance, sim, de a chapa não ter o nome do Bolsonaro. Mas tudo dependerá dele, caso não possa ser candidato”, declarou Valdemar. O ex-presidente foi condenado nesta semana a 27 anos e três meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, além de já estar inelegível por decisões anteriores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).



Valdemar também deixou claro que o partido não aceitará uma proposta de anistia que não contemple Jair Bolsonaro. Ele considera a estratégia como a principal via para tentar reabilitar politicamente o ex-presidente.
“Não aceitaremos uma anistia que não contemple Bolsonaro”, enfatizou.


O presidente do PL ainda revelou que tem atuado nos bastidores para reunir apoio à proposta de anistia no Congresso Nacional. Segundo ele, o partido já conta com o suporte do União Brasil, do PP e de parte do PSD. Além disso, pretende articular com o Republicanos na próxima semana, em reunião com o presidente da sigla, Marcos Pereira (SP). “Pretendo cobrá-lo com muita veemência e lembrar que ajudamos a eleger um correligionário dele como presidente da Câmara, além do governador de São Paulo, o Tarcísio de Freitas”, afirmou.



Ainda durante a entrevista, Valdemar classificou como “liquidada” a condenação de Bolsonaro no STF e reforçou que, diante da falta de alternativas jurídicas imediatas, o partido concentra agora suas ações em soluções políticas. A anistia, portanto, se apresenta como a principal aposta para reabilitar o ex-presidente.



Apesar da indefinição, o PL segue como uma das forças mais organizadas da oposição, com forte presença nas casas legislativas e em governos estaduais aliados. No entanto, a decisão sobre quem será o nome na disputa presidencial só será tomada após o esgotamento das possibilidades legais para Bolsonaro.


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