A luta contra o fogo: Amazonas enfrenta pior mês de queimadas em décadas
Combate intensifica com envio de 149 brigadistas adicionais em meio a crise de incêndios sem precedentes
Por Plox
13/10/2023 14h23 - Atualizado há 11 meses
Em meio à crise de incêndios que assola o Amazonas, classificada como o pior outubro de queimadas nos últimos 25 anos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma ação imediata foi anunciada pelo governo na última sexta-feira (13). Uma equipe de 149 brigadistas será enviada para combater os focos de incêndio avassaladores no estado, somando-se aos 140 já atuantes na região. Esses profissionais, especializados e oriundos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), intensificarão as operações em andamento.
Os dados do Inpe, que monitora a situação desde 1998, são alarmantes: até o dia 12 de outubro, já foram registrados 2.770 focos de calor. A fumaça densa proveniente dos incêndios cobriu a capital, Manaus, rebaixando significativamente a qualidade do ar e colocando a cidade em uma posição nada invejável entre as localidades com pior qualidade de ar no mundo.
Detalhamento do Efetivo e Ações Anteriores
A distribuição dos brigadistas que estão sendo enviados é a seguinte: 119 são provenientes do Ibama e os outros 30 do ICMBio, aumentando o total de especialistas combatendo as chamas para 289. O reforço foi organizado para mitigar uma situação que não apenas prejudica o ambiente local e global, mas que também coloca em risco a saúde e a segurança das comunidades locais e da biodiversidade.
Manaus tem vivido momentos de tensão e preocupação, pois além dos prejuízos ambientais diretos, a densa fumaça prejudica a qualidade do ar respirado por seus habitantes, trazendo uma série de riscos à saúde, em um cenário onde o combate a incêndios de grandes proporções torna-se essencial.
Impactos Ambientais e Punições
Além da crise de incêndios, a Amazônia Legal enfrenta desafios judiciais e ambientais significativos. Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, destacou que as multas referentes a infrações contra a floresta na região já acumulam um total assombroso de quase R$ 3 bilhões. Essas infrações, em grande parte relacionadas a ações ilegais e agressivas contra o meio ambiente, exacerbam a situação atual, criando um cenário onde a legislação e a fiscalização tornam-se elementos-chave na luta pela preservação da floresta.
Este último ponto enfatiza a gravidade da situação na região amazônica, onde os desafios do combate direto aos incêndios florestais são potencializados pelas ações humanas que desrespeitam e ameaçam o ecossistema, mostrando a necessidade de políticas públicas robustas e ações decisivas para conter a crise.