Aproximadamente 175 Israelenses partem de São Paulo para auxiliar na Guerra de Israel contra o Hamas
Jovens voluntários, interrompendo suas viagens pela América Latina, embarcam em uma missão de apoio e combate em meio ao conflito armado no Oriente Médio
Por Plox
13/10/2023 13h05 - Atualizado há 11 meses
Na última sexta-feira, aproximadamente 175 israelenses, majoritariamente jovens entre 20 e 30 anos, interromperam suas viagens pela América Latina para embarcar rumo a Israel com o propósito de se juntar aos esforços de guerra contra o Hamas. O embarque, que incluía tanto reservistas do Exército quanto paramédicos e outros voluntários, ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e reuniu indivíduos que estavam no Brasil ou que viajaram de outros países vizinhos.
Jonathan, um jovem de 22 anos que preferiu manter seu sobrenome em anonimato e que portava uma bandeira israelense durante o check-in no Terminal 3, expressou: "Não odiamos os palestinos. Apenas amamos Israel". Ele e seus companheiros estão retornando com a intenção de apoiar seu país em um momento crítico.
Sacrificando planos pessoais pela pátria
O grupo, formado principalmente por adultos jovens, compartilhou diversas histórias de interrupção de seus planos e projetos para retornar ao país natal em tempos de crise. Roni Harel, 31 anos, que serviu ao Exército israelense no início de sua vida adulta e estava no Brasil em lua de mel, é um exemplo disso. Ela e o marido, também reservista, estavam em Salvador e planejavam passar mais três semanas aproveitando o litoral brasileiro. Contudo, a guerra no Oriente Médio modificou esses planos. "Meu corpo todo está tremendo e tive pesadelos", confessou Roni, "Mas o único lugar que queria estar agora é Israel".
Diferentes perfis, mesma missão
Dentre os presentes no embarque estavam tanto aqueles que irão se juntar diretamente ao combate armado quanto aqueles que optam por oferecer seu auxílio de outras maneiras. Tal Hisherik, uma jovem de 22 anos que estava fazendo turismo pela América Latina e sonha em estudar medicina em Tel Aviv, é um dos exemplos daqueles que irão apoiar o país sem entrar diretamente no combate, planejando voluntariar-se em um hospital.
Por outro lado, Daniel Taller, 29 anos, que estava na Amazônia colombiana trabalhando em pesquisa com indígenas, expressou a sensação de necessidade de auxiliar Israel, seu país de origem, neste momento crítico. Ele, paramédico, retorna para servir "onde o designarem", apontando para a sobrecarga enfrentada pelos serviços de emergência no país em meio ao conflito armado.