Decreto de Lula amplia atuação de Janja no Planalto
Primeira-dama passa a contar oficialmente com o suporte do Gabinete Pessoal da Presidência da República
Por Plox
13/10/2025 11h37 - Atualizado há cerca de 4 horas
Uma mudança significativa na estrutura administrativa do Palácio do Planalto foi oficializada por meio do decreto nº 12.604, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com a nova medida, publicada em agosto deste ano, os serviços do Gabinete Pessoal da Presidência da República passam a estar formalmente disponíveis para a primeira-dama, Janja Lula da Silva.

O texto altera normas estabelecidas em 2023 e estabelece que o gabinete deve dar suporte também ao “cônjuge de Presidente da República no exercício das atividades de interesse público”. Com isso, Janja ganha acesso direto a uma estrutura composta por 189 cargos, incluindo apoio cerimonial, elaboração de discursos, administração de correspondências, além da gestão do acervo pessoal do presidente e dos palácios oficiais.
Embora não exerça função pública formal, a esposa de Lula já contava com auxílio de servidores de maneira informal. Agora, sua atuação passa a ter respaldo institucional, algo que gerou reações variadas, inclusive dentro da própria base governista.
A medida apenas formaliza aspectos legais da atuação da primeira-dama e garante mais transparência às suas atividades
, justificou a Secretaria de Comunicação da Presidência em nota oficial.
O documento foi assinado por Lula, pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Atualmente, o Gabinete Pessoal é chefiado por Marco Aurélio Santana Ribeiro, conhecido como Marcola, cientista político que coordena as atividades do órgão.
A atuação ativa de Janja tem provocado debates desde o início do mandato. Em abril, diante de críticas e questionamentos sobre seus limites de atuação, a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu uma orientação normativa permitindo que a primeira-dama represente Lula em eventos sociais, culturais, cerimoniais, políticos e diplomáticos — desde que de forma voluntária, sem remuneração e com devida prestação de contas.
Agora, com o decreto, esse respaldo ganha peso legal e consolida a participação de Janja como figura atuante nas ações do governo federal, sob a justificativa de contribuir com causas de interesse público.