Crescimento acelerado da energia solar no Brasil marca nova era elétrica

Geração solar fotovoltaica ultrapassa energia eólica e se consolida como segunda principal fonte de energia do país

Por Plox

13/11/2023 07h08 - Atualizado há mais de 1 ano

Nos últimos anos, o Brasil tem se destacado no cenário global como um dos principais produtores de energia solar. Segundo dados do Balanço Energético Nacional, a geração de eletricidade por meio de painéis solares aumentou 79,8% de 2021 para 2022. Este crescimento notável fez com que a energia solar ultrapassasse a eólica, representando agora 15,6% da potência instalada no Brasil, ficando atrás apenas da energia hídrica, que detém 50%.

 

Evolução e Investimentos 

O país atingiu um marco expressivo com mais de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados. Com a previsão de investimento de R$ 38 bilhões em 2023, a expectativa é alcançar 26 GW de potência gerada até o final do ano. Segundo Bárbara Rubim, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), esses números refletem o potencial de crescimento do setor e o interesse do consumidor brasileiro em gerar sua própria energia, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável do país.

 

Distribuição e Tecnologia 

A distribuição de energia solar está concentrada principalmente em São Paulo, com 13,6% da potência instalada, seguido por Minas Gerais e outros estados. Avanços tecnológicos e incentivos do governo tornam a geração própria de energia cada vez mais atrativa, resultando na redução de custos de compra, instalação e manutenção dos equipamentos.

 

Economia e Sustentabilidade 

A economia é um dos fatores mais atraentes para consumidores e empreendedores. A redução nos custos de energia é significativa, como exemplificado pelo presidente da ABGD, Guilherme Chrispim, que relatou uma diminuição de sua fatura de energia de R$ 800 para cerca de R$ 120 mensais. Além disso, a energia solar é uma alternativa mais limpa e renovável, alinhada com as metas de sustentabilidade.

 

Desafios e Perspectivas Futuras 

Apesar do crescimento impressionante, existem desafios relacionados à gestão dessa geração distribuída. O Operador Nacional do Sistema (ONS) está adaptando suas técnicas operativas para gerenciar melhor a geração de energia espalhada. O professor de engenharia elétrica da UFRJ, Djalma Falcão, ressalta a importância da energia solar para a transição energética do Brasil, prevendo que em dois anos, a capacidade de geração distribuída superará a da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior do país.

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