Inquérito aberto para investigar morte de preso na Papuda, após mal súbito
Ministro Alexandre de Moraes exige esclarecimentos sobre o caso; Cleriston Pereira da Cunha, apoiador de Bolsonaro, faleceu em novembro
Por Plox
13/12/2023 13h35 - Atualizado há cerca de 1 ano
Inquérito Policial e Requisição de Informações
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está conduzindo um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Cleriston Pereira da Cunha, ocorrida em 20 de novembro na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Cunha, de 46 anos, preso por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, sofreu um mal súbito durante um banho de sol. Atualmente, a polícia aguarda laudos periciais para aprofundar o entendimento do caso.
Urgência Médica e Demora no Atendimento
Cunha, declaradamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, recebeu atendimento emergencial das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros. Apesar dos esforços de reanimação cardiorrespiratória, ele não sobreviveu. A Defensoria Pública do Distrito Federal levantou questões sobre a demora no atendimento, estimada em 40 minutos após o pedido de ajuda, embora essa versão seja contestada por outros presos.
Exigência de Esclarecimentos pelo STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, solicitou informações detalhadas à administração do presídio sobre o incidente. Adicionalmente, o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, solicitou à Comissão Nacional de Direitos Humanos da entidade que averiguasse possíveis violações de direitos humanos associadas ao caso.
Contexto de Saúde e Pedidos de Liberdade
Cunha, que apresentava sequelas da Covid-19, teve um pedido de liberdade negado pelo ministro André Mendonça do STF em fevereiro. O advogado de Cunha, Bruno Azevedo de Souza, reforçou o pedido em abril, alertando que a manutenção da prisão poderia representar uma "sentença de morte". Ele citou complicações como "vasculite de múltiplos vasos" e "miosite secundária à Covid-19". Em 7 de novembro, a defesa reiterou a solicitação de soltura, mencionando apoio da Procuradoria Geral da República (PGR).