Eid Ribeiro reinventa o teatro aos 80 anos com "Fim de Partida"

O veterano das artes cênicas mineiras traz nova vida aos palcos interpretando clássico com visão única

Por Plox

14/02/2024 06h43 - Atualizado há 5 meses

Eid Ribeiro, um ícone do teatro mineiro, aos 80 anos, revela uma visão renovada da arte dramática ao retornar aos palcos com a peça "Fim de Partida". Interpretada sob uma perspectiva inusitada, a obra é apresentada por dois palhaços, demonstrando a capacidade de Ribeiro de reinventar sua abordagem artística mesmo após décadas de contribuição ao teatro brasileiro. Com uma carreira marcada pela diversidade, o artista já explorou obras de renomados autores como Samuel Beckett, Bertolt Brecht, e Nelson Rodrigues, sempre priorizando a liberdade criativa em suas direções.

Foto: Andre Veloso/divulgação

Nascido em Caxambu, no Sul de Minas Gerais, Ribeiro possui uma trajetória artística extensa, com mais de 50 espetáculos em seu repertório. "O teatro me mantém vivo e preenche minha loucura no sentido de dar vazão à minha criação", afirma o diretor, cuja paixão pelas artes dramáticas remonta a sua infância e percorreu diversos caminhos profissionais até consolidar-se como um dos nomes mais inventivos do teatro no Brasil.

Ao longo de sua carreira, Ribeiro também se aventurou em outras áreas, trabalhando como lanterninha de cinema, bancário, vendedor ambulante, repórter e colunista, incluindo uma passagem pelo jornal O TEMPO entre 1996 e 2001. Contudo, é no teatro que ele encontra seu verdadeiro chamado, um espaço para experimentação e expressão criativa sem limites.

"Fim de Partida", agora encenado sob a nova ótica de Ribeiro, promete ser um espetáculo que reflete não apenas sua vasta experiência, mas também sua visão de mundo constantemente rejuvenescida. O diretor destaca a importância da colaboração e da paciência no processo criativo, elementos que, segundo ele, são fundamentais para o sucesso de qualquer produção artística. "Crio junto com as pessoas. Nunca sei como começa nem como termina um espetáculo", relata, evidenciando seu método de trabalho dinâmico e participativo.

Essa nova produção simboliza não apenas um marco na carreira de Eid Ribeiro, mas também uma contribuição significativa para o teatro brasileiro, demonstrando que a arte é um campo fértil para a reinvenção, independentemente da idade.

 

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