Crianças viciam em celulares comparável ao vício em drogas ; Nova lei federal proíbe uso nas escolas para reduzir impactos negativos

Pesquisa da UFMG aponta que o uso excessivo de telas pode levar à "nomofobia", um medo irracional de ficar sem o aparelho. Nova lei federal proíbe celulares nas escolas para reduzir impactos negativos.

Por Plox

14/02/2025 09h50 - Atualizado há 27 dias

O uso excessivo de celulares e tablets entre crianças e adolescentes tem efeitos alarmantes, segundo especialistas. A médica psiquiatra e doutora em dependências tecnológicas pela UFMG, Julia Khoury, destaca que a dependência desses dispositivos pode ser comparável ao vício em drogas, com impactos diretos no comportamento e na saúde mental dos jovens.

Foto: Pixabay

Pesquisas conduzidas pela especialista revelam que muitas crianças desenvolvem "nomofobia", uma condição caracterizada pelo medo irracional de ficar sem o celular. "A gente percebe uma alteração no comportamento da criança. Ela se torna mais irritadiça, agressiva, tem problemas de concentração, de aprendizado. Os pais devem ficar alertas a esses sinais e limitar o uso", afirmou a psiquiatra no podcast Gerais no g1.

Escolas e a nova legislação

Diante desse cenário preocupante, a nova lei federal que restringe o uso de celulares em escolas tem sido vista como um avanço. A legislação, válida para toda a educação básica, desde a pré-escola até o ensino médio, proíbe o uso do celular não apenas durante as aulas, mas também no recreio e nos intervalos.

Embora os alunos possam portar os aparelhos, o uso será permitido apenas em situações excepcionais, como emergências, necessidades médicas ou casos de força maior. Além disso, há exceções para:

📲 Atividades pedagógicas e didáticas, sob orientação do professor;
📲 Garantia de acessibilidade e inclusão;
📲 Atendimento a condições de saúde dos estudantes, assegurando direitos fundamentais.

A implementação da medida tem sido um desafio para as escolas, que precisam adaptar suas rotinas e orientar alunos e professores sobre as novas regras. No entanto, especialistas acreditam que a restrição pode ajudar a reduzir os impactos negativos do uso excessivo de telas, contribuindo para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes.

 

Destaques