Ex-presidente do Cruzeiro nega envolvimento com lavagem de dinheiro e explica empréstimo
Sérgio Santos Rodrigues apresentou contrato de R$ 5 milhões firmado com empresário Willian Barile Agati
Por Plox
14/02/2025 14h24 - Atualizado há 26 dias
O ex-presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, negou qualquer envolvimento com lavagem de dinheiro relacionada ao tráfico de drogas durante sua gestão no clube. Em resposta às suspeitas levantadas sobre uma transação financeira em 2021, ele esclareceu que o valor envolvido tratava-se de um empréstimo feito pelo empresário Willian Barile Agati para ajudar a equipe.
Explicação sobre o empréstimo
De acordo com reportagem da Revista Piauí, a transferência do atacante Diogo Vitor, que pertencia a Willian Barile Agati, levantou suspeitas após a entrada de R$ 3 milhões nos cofres do Cruzeiro. Posteriormente, cerca de R$ 1,5 milhão foi devolvido ao empresário, o que teria sido um meio de mascarar a origem do dinheiro.
No entanto, em entrevista ao O TEMPO Sports, Rodrigues afirmou que a transação não estava relacionada à contratação do jogador. Segundo ele, o Cruzeiro recebeu R$ 5 milhões como empréstimo de Agati, a juros de 0,8% ao mês, para auxiliar financeiramente o clube.
"O Willian chegou ao Cruzeiro por amigos em comum, tentando uma oportunidade para o Diogo Vitor. Sabendo da nossa situação, ofereceu um dinheiro emprestado a juros para ajudar e pediu essa chance (ao atleta). Aceitamos, fizemos o contrato que foi devidamente assinado e registrado em balanço. Não foram R$ 3 milhões. Ele emprestou R$ 5 milhões com juros a 0,8% ao mês", declarou Rodrigues.
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro
Quitação da dívida
O ex-dirigente, que também é advogado, afirmou que parte da dívida foi paga durante sua gestão, enquanto o restante foi quitado após a venda do Cruzeiro para Ronaldo Nazário, quando o clube se tornou uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
"Ele recebeu uma parte na nossa gestão, e a gestão do Ronaldo pagou o resto. Essa situação era plenamente conhecida por todos lá, inclusive, pela equipe do Ronaldo quando comprou o Cruzeiro, tanto que eles quitaram o contrato", explicou.
Rodrigues ainda ressaltou que toda a operação foi registrada no balancete financeiro de 2021, tornando a transação pública e auditável.
"O Diogo treinou com a gente, mas acabou não dando certo e foi embora depois. A relação do Diogo como atleta não tem nada a ver com o mútuo (contrato de empréstimo de dinheiro). Já imaginou lavar dinheiro de tráfico e registrar no balanço? Piada (risos)", finalizou.