Passeio de caiaque vira susto quando jovem é engolido por baleia no Chile
Pai flagrou o momento em que o filho desapareceu por alguns segundos nas águas do Estreito de Magalhães
Por Plox
14/02/2025 08h34 - Atualizado há cerca de 1 mês
Um jovem venezuelano de 24 anos viveu um momento de tensão enquanto remava em seu caiaque nas águas do Estreito de Magalhães, no extremo sul do Chile. Adrián Simancas foi brevemente "engolido" por uma baleia jubarte antes de ser expelido de volta à superfície. O incidente ocorreu na semana passada, próximo ao litoral de Punta Arenas, na baía El Águila.

Relato do jovem
O caiaquista descreveu a experiência como algo inesperado e confuso. “Sinto algo entre o azul e o branco que passa perto do meu rosto, e é como se fosse de um lado e de cima. Não entendi o que estava acontecendo e então afundei e pensei que [a baleia] tinha me comido”, relatou Simancas ao canal TVN.
Seu pai, Dell Simancas, acompanhava a navegação em outro caiaque e conseguiu registrar o momento. Ele descreveu o instante de desaparecimento do filho como o mais assustador. “Quando me viro não vejo nada, não vejo Adrián. Esse foi o único momento realmente assustador que tive, porque não o vi por uns três segundos. E de repente ele aparece assim rapidamente”, contou à emissora chilena.
Resgate e segurança
Assim que avistou o filho novamente, agarrado ao barco inflável, Dell tentou acalmá-lo e orientá-lo para retornar à margem. “Ei! Agora vem, vem. Calma, pega o barco, pega, pega. Não sobe. [...] Vai para a margem.” Enquanto isso, a baleia continuava se movimentando ao fundo, sem representar um risco imediato.
Após o incidente, Adrián foi levado para a margem e, ao verificarem que ele não apresentava ferimentos, não houve necessidade de atendimento médico.
Por que a baleia não poderia engolir o caiaquista?
Apesar da cena impressionante, especialistas explicam que a jubarte não teria como engolir o jovem. Segundo a bióloga marinha María José Pérez, da Universidade do Chile, a espécie possui uma garganta relativamente pequena, com menos de 40 cm de diâmetro.
“Ao que parece, o caiaque estava justamente na área de alimentação [de krill ou peixes] da baleia”, explicou Pérez à AFP. A especialista acrescenta que a baleia provavelmente estava se alimentando quando emergiu com a boca aberta.
Esses eventos são extremamente raros e ocorrem, em geral, na presença de embarcações silenciosas, como caiaques. Como a jubarte estava focada na alimentação, é possível que não tenha notado a presença do caiaquista.