Popularidade de Lula despenca e atinge menor nível desde 2003, aponta Datafolha

A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo jornal "Folha de S.Paulo", mostra uma queda significativa na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apenas 24% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom, enquanto 41% avaliam a gestão como ruim ou péssima. O resultado marca o pior índice de aprovação de Lula em seus três mandatos.

O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 11 de fevereiro, ouvindo 2.007 eleitores em 113 cidades do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Em comparação com a pesquisa anterior, de dezembro de 2024, a popularidade do presidente caiu expressivamente: naquela ocasião, a aprovação era de 35% e a reprovação de 34%.

A desaprovação ao governo atinge um recorde para Lula, superando até mesmo os índices registrados durante a crise do mensalão, em 2005, quando sua aprovação caiu para 28%. No atual cenário, o descontentamento cresce entre diferentes segmentos da população.

Entre eleitores que recebem até dois salários mínimos, a aprovação despencou de 44% em dezembro para 29% em fevereiro. Já entre os que ganham mais de dez salários mínimos, a taxa de aprovação caiu de 32% para 18%. O estudo também destaca a queda na aceitação do governo entre católicos, que passou de 48% para 24%, e entre evangélicos, de 30% para 21%.

A região Nordeste, historicamente um dos redutos mais favoráveis ao petista, também mostrou uma queda considerável na avaliação positiva. Em dezembro, 49% dos eleitores nordestinos aprovavam o governo. Agora, esse número caiu para 33%.

A pesquisa também fez uma comparação entre a atual avaliação de Lula e a de seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), no mesmo período de mandato. Em fevereiro de 2020, Bolsonaro tinha uma rejeição de 40% e uma aprovação de 31%, índices próximos aos do petista atualmente.

Os resultados reforçam a tendência de queda na popularidade do governo e apontam para desafios na tentativa de reverter essa imagem diante do eleitorado nos próximos meses.