Justiça veta torcidas organizadas de Fla, Flu e Vasco por 5 anos e chefes de torcidas são presos

Nesta segunda-feira (13), a Justiça do Rio de Janeiro ampliou a proibição de quatro torcidas organizadas – de Flamengo, Fluminense e Vasco – de frequentar estádios e decretou a prisão temporária dos chefes delas por 30 dias. A decisão foi tomada pela juíza Ana Beatriz Mendes Estrella, do Plantão Judiciário, que destacou a importância da medida para a garantia da ordem pública e das investigações criminais.

Os presidentes da Raça Rubro-Negra, da Jovem Fla, da Força Jovem do Vasco e da Young Flu são acusados pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio. A prisão temporária foi pedida pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

 

Além da prisão dos chefes, outras medidas foram tomadas, como o bloqueio de todas as contas, busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos ou outros que se mostrem pertinentes à investigação, suspensão das atividades e interdição das sedes por cinco anos, e quebra de sigilo de dados de "WhatsApp, Telegram ou equivalente, fotografias, chamadas efetuadas e recebidas, agenda de contatos, e-mails e etc".

A juíza também determinou que 16 integrantes das torcidas organizadas se mantenham afastados dos estádios em dias de jogos por seis meses, tendo que cumprir medidas cautelares, como o monitoramento eletrônico.

O Ministério Público do Rio, no entanto, questionou as provas apresentadas e pediu o indeferimento da prisão, por acreditar serem frágeis as evidências contra os quatro torcedores.

Os recentes episódios de violência antes de clássicos, como o Flamengo x Vasco do dia 5 de março, foram o que levou à ampliação da proibição das torcidas organizadas e à decretação da prisão temporária dos chefes delas. Uma briga de torcidas antes desse jogo deixou sete feridos e um homem morto, que pode ter sido morto por uma rixa com traficantes.