Menina de 3 anos mata irmã de 4 anos com tiro acidental nos EUA
O incidente ocorreu dentro do apartamento onde a família morava, na presença de cinco adultos, todos parentes, mas em locais diferentes
Por Matheus Valadares
14/03/2023 12h25 - Atualizado há quase 2 anos
No último domingo (12), uma tragédia abalou a cidade de Houston, no Texas (EUA), quando uma menina de apenas 3 anos matou a irmã, de 4 anos, após ter encontrado uma arma carregada em casa. O incidente ocorreu dentro do apartamento onde a família morava, na presença de cinco adultos, todos parentes, mas em locais diferentes.
Em entrevista à imprensa, o xerife Ed Gonzalez, responsável pelo caso, classificou o ocorrido como "trágico", mas "muito evitável". Segundo ele, as meninas foram deixadas sem supervisão e uma delas encontrou a arma carregada e disparou um tiro contra a outra. A família ouviu o disparo e correu para o quarto, encontrando a menina de 4 anos inconsciente no chão.
Investigação em andamento
O departamento de polícia da região está investigando o caso para apurar o motivo dos familiares não terem guardado a arma em um local seguro. Infelizmente, casos como esse não são raros nos Estados Unidos.
De acordo com o grupo de pesquisa Everytown Research & Policy, entre 2015 e 2020, houve pelo menos 2.070 disparos involuntários de menores de 18 anos nos EUA, resultando em 765 mortes e 1.366 feridos. Cerca de 39% desses casos envolveram um atirador de 9 anos ou menos.
Armas de fogo como principal causa de morte entre crianças e jovens nos EUA
Os dados também revelam que as lesões relacionadas a armas de fogo ultrapassaram recentemente os acidentes de trânsito e se tornaram a principal causa de morte entre pessoas de 1 a 19 anos nos EUA, segundo um artigo publicado no The New England Journal of Medicine em 2022. Isso coloca os Estados Unidos em uma situação única em relação a outras potências mundiais.
Um estudo da Kaiser Family Foundation, publicado no ano passado, afirmou que "em nenhum outro país tão grande ou rico as mortes por armas de fogo estão entre as 4 principais causas de mortalidade, muito menos a causa número 1 de morte entre crianças". É um problema complexo e delicado que precisa ser enfrentado com políticas públicas efetivas para garantir a segurança de todos.