Naia Moreira, empresária do setor de produtos sensuais, é entrevistada da Plox nesta terça-feira
Celebrando o Mês da Mulher, Plox realiza rodada de entrevistas diárias, sempre às 19h, ao vivo, com mulheres que se destacam
Por Plox
14/03/2023 18h25 - Atualizado há quase 2 anos
Naia Moreira, empresária do setor de produtos sensuais, é a entrevistada da Plox nesta terça-feira (14), no rol das comemorações do Mês da Mulher. De sacoleira a empresária que atualmente cursa Psicologia, Naia vem obtendo sucesso num segmento que sempre foi envolto em preconceito: acessórios usados em momentos íntimos. A quebra de paradigmas e empoderamento feminino tem tudo a ver com a rodada de entrevistas que a Plox promove neste mês.
Mês da Mulher
O objetivo é dar visibilidade às mulheres que se destacam no Vale do Aço e que contribuem com a sociedade de diversas formas: história de vida, talento, produção e transmissão de conhecimento, gestão, investigação, fiscalização e cumprimento de leis, empreendedorismo, promoção da cultura, do esporte e das artes. A rodada de entrevistas é de segunda a sexta-feira, às 19h, ao vivo.
Biografia
Naia Quênia Moreira Gomes, tem 32 anos, nasceu em Inhapim/MG, e atualmente mora em Ipatinga. É casada há 06 anos e tem dois filhos. É empresária no segmento de moda íntima e de produtos sensuais. Além disso, é consultora de relacionamento íntimo, estudante de psicologia e no fim do ano se tornará Sexcoach. Mas Naia começou a carreira na área de vendas como sacoleira.
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História de vida e profissional
Naia foi criada por mãe solo. Segundo empresária, foi com mãe que aprendeu a nunca desistir dos seus sonhos. “Foi com os nãos que ela me deu que eu aprendi a não desistir e ser sempre persistente!”, destaca. Veja o relato de Naia:
Engravidei do meu primeiro filho aos 15 anos, trabalhei muito para criar e sustentá-lo sozinha. Tive vários empregos de carteira assinada e também free lancer, trabalhei panfletando nas ruas, já vendi chup-chup, sorvete e vale transporte nas ruas do centro da cidade, trabalhei em lanchonetes, bares, padaria, posto de gasolina, até que em 2013 consegui realizar meu sonho que era trabalhar em uma grande empresa aqui na minha cidade, onde atuei por quase 03 anos. Engravidei do meu segundo filho e, por ele ser uma criança que necessitava de cuidados maiores, pedi demissão.
A loja nasceu em um momento não favorável na minha vida pessoal. Meu marido trabalhava fichado em uma empresa há 12 anos, o que era bom. Porém, seu salário R$ 1.500,00 mal dava para pagar as contas. Foi aí que decidi fazer algo para aumentar minha renda, pesquisei várias coisas, até que decidi vender moda íntima.
Eu não tinha grana para investir na primeira compra, pedi varias pessoas para me emprestar, porém sempre ouvia NÃO, mas eu não desisti, continuei as pesquisas e encontrei um site que o valor mínimo de compra no atacado era 100,00. Efetuei minha primeira compra nesse site, nesse exato valor: R$100,00. Quando a caixa chegou estava mega feliz e empolgada, afinal eu consegui comprar e ia começar meu negócio.
Minhas primeiras vendas foram para amigas, vizinhos, rodava a cidade inteira em uma bicicleta para levar até minhas clientes as minhas peças, detalhe importante: todas as vendas que eu realizava era “fiado”. Mesmo assim eu ficava muito feliz, afinal eu vendi, né? Mal sabia eu a dor de cabeça que eu ia ter para receber. Meu negócio estava a todo vapor, vendia muito bem e cada dia ia comprando mais e mais para vender. Trabalhei como sacoleira por dois anos, fidelizei minhas clientes, conquistei novas clientes e tive a oportunidade de conhecer várias pessoas que tinham uma certa influencia no meio comercial e digital, e essas pessoas foram anjos em minha vida, agradeço muito a Deus por ter colocado elas no meu caminho.
2018 foi um ano marcante em minha vida, recebi um convite de uma amiga para ir ajudá-la em uma feira de noivas em Belo Horizonte/MG, foram 03 dias de muito trabalho e foi onde a sementinha da minha loja foi plantada. Na Feira, conheci o chá de lingerie, e minha amiga falou que eu poderia levar essa novidade para nossa cidade, já que esse tipo de trabalho não era conhecido em Ipatinga). E é claro que eu trouxe essa ideia, porém eu precisava de um espaço para as noivas verem e escolherem as lingeries, porque com certeza elas não se sentiria a vontade em minha casa.
Foi aí que eu resolvi abrir uma loja física, não tinha capital financeiro, não tinha cartão de crédito e nem crédito para fazer um financiamento, a única coisa que eu tinha era meu nome com meus fornecedores que eu havia conquistado nesses dois anos como sacoleira. Deus foi tão maravilhoso que meus fornecedores deixaram eu boletar todas as mercadorias, material de construção e até o pedreiro. Foi assim que no dia 08 de agosto de 2018, eu inaugurei minha loja física
Entrevistadas da semana:
Segunda-feira, 13: Penélope Portugal - diretora executiva do Instituto Usiminas
Terça-feira, 14: Naia Moreira - empresária do segmento de moda íntima e produtos sensuais
Quarta-feira, 15: Ana Paula Passagli - delegada de Mulheres, em Ipatinga
Quinta-feira, 16: dra Márcia Alvernaz - ginecologista, especialista em saúde integrativa e sócia na Integrative Núcleo Brasil de Saúde Integrativa e Funcional
Sexta-feira, 17: Cláudia Castro - escritora