Polícia Federal investiga desembargador e filho suspeitos de vender sentenças judiciais a traficantes
Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Belo Horizonte-MG, Brasília-DF e São Luiz-MA
Por Plox
14/03/2023 09h33 - Atualizado há mais de 1 ano
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (14), a Operação “Habeas Pater”, para combater possíveis crimes de corrupção ativa e passiva. Um desembargador federal e seu filho, advogado, são suspeitos de vender sentenças judiciais a traficantes.
Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão na cidade de Brasília-DF, sete mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte-MG e um mandado de busca e apreensão em São Luiz-MA.
Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) - para apurar o envolvimento de um desembargador federal e de seu filho, advogado, suspeitos de terem ligação com investigados da Operação Flight Level II, também deflagrada hoje pela Polícia Federal em Minas Gerais. O magistrado é suspeito de vender sentenças judiciais a traficantes.
Caso pai e filho venham a responder pelos crimes, poderão ser condenados a até 12 anos de prisão.
Tráfico internacional de drogas é alvo da Polícia Federal em Minas Gerais
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (14), com apoio da Receita Federal, a Operação “Flight Level 2”, para combater os crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos 25 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte-MG e região metropolitana e nas cidades de São Paulo-SP e Florianópolis-SC.
As investigações apontaram que os envolvidos na primeira fase da operação seriam uma “célula” de uma organização criminosa maior, voltada ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.
Foram identificadas aquisições de imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos sem que os rendimentos declarados fossem suficientes para justificar o acréscimo patrimonial no período.
Além dos mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva, cinco mandados de prisão temporária, 17 mandados de sequestro de veículos automotores e de sete imóveis, além do bloqueio de contas bancárias e criptoativos de 34 pessoas naturais e de pessoas jurídicas.
Participam do cumprimento dos mandados 120 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro com penas que, somadas, podem chegar a 38 anos de reclusão.