Transplante cardíaco salva vida de criança em tempo recorde

Em um caso extraordinário de eficiência e esperança, Ana Lívia, uma menina de três anos, teve sua vida drasticamente transformada com um transplante de coração realizado em menos de 24 horas após seu nome ser inserido na lista de espera. O fato ocorreu no Hospital da Criança e Maternidade (HCM), em São José do Rio Preto, São Paulo, marcando um momento histórico na medicina brasileira.

Uma Jornada de Urgência e Solidariedade

Diagnosticada com miocardiopatia dilatada, uma condição séria que aumenta o tamanho do coração, Ana Lívia foi priorizada na fila de transplantes devido à gravidade de seu estado. O processo teve início na manhã de sexta-feira, quando seu nome foi adicionado à lista de espera às 8h30, e, surpreendentemente, até às 13h30, a equipe médica já havia sido notificada sobre a disponibilidade de um doador compatível.

O coração, proveniente de Cuiabá, Mato Grosso, foi transportado até o interior de São Paulo em apenas seis horas e vinte minutos, com o apoio da Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto (Funfarme), demonstrando um extraordinário esforço conjunto para salvar a vida da pequena.

A Corrida Contra o Tempo e o Final Feliz

O sucesso da operação reflete não apenas o alto nível de prontidão e coordenação dos envolvidos, mas também o estado de urgência que demandava ação imediata. A equipe do HCM, reconhecida por sua excelência em transplantes pediátricos, foi fundamental para o desfecho positivo deste caso.

Alexandra Siscar Barufi, cardiologista pediátrica responsável, destacou a importância da compatibilidade sanguínea de Ana Lívia, que tem sangue AB positivo, permitindo que recebesse o coração de doadores de todos os tipos sanguíneos. Esse fator foi crucial para a agilidade no encontro de um doador adequado.

Gratidão e Reconhecimento

Talissa Patrícia Bueno Prado, mãe de Ana Lívia, expressou sua profunda gratidão à família do doador e à equipe médica. Em um momento de imensa alegria e alívio, ela destacou o sacrifício da família doadora, oferecendo conforto em meio à dor e solidariedade em um momento de perda, garantindo que a memória do doador será eternamente honrada pela vida renovada de sua filha.