Lula acompanha expansão bilionária da Gerdau em Minas Gerais

Presidente participou da inauguração da ampliação do laminador de bobinas a quente na Usina de Ouro Branco, responsável por 12% do aço produzido no Brasil

Por Plox

14/03/2025 07h34 - Atualizado há 12 dias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente na Usina Gerdau Ouro Branco, em Minas Gerais, para acompanhar a inauguração da expansão do laminador de bobinas a quente. O evento contou com a participação do CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, e do presidente do Conselho de Administração da empresa, André Gerdau Johannpeter.


Imagem Foto: Divulgação


Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, essa obra faz parte de um plano maior de R$ 6 bilhões voltado para modernizar e ampliar as operações da Gerdau no estado. Atualmente, a unidade é responsável por 12% da produção de aço no Brasil e se destaca por sua grandiosidade.



A Usina Gerdau Ouro Branco ocupa uma área de 10 milhões de metros quadrados, dos quais 5.000 hectares são destinados à preservação ambiental. Com dois altos-fornos em operação, a unidade produz aços longos e planos que abastecem diversos setores da economia, como construção civil, indústria automotiva, agropecuária, energia, naval e ferroviária. Diariamente, mais de 10 mil pessoas circulam pelo complexo, entre funcionários e prestadores de serviço.



Além da expansão em Ouro Branco, Gustavo Werneck destacou outro investimento significativo da empresa: uma nova plataforma de mineração sustentável em Ouro Preto, orçada em R$ 3,5 bilhões, cuja inauguração está prevista para janeiro de 2026. Esse projeto será implementado sem o uso de barragens, garantindo maior competitividade para a empresa.



Durante a cerimônia, o CEO da Gerdau também abordou um tema crítico para o setor: a concorrência com o aço importado. Segundo ele, o mercado nacional enfrenta desafios diante da chegada de produtos estrangeiros a preços muito abaixo dos custos de produção no Brasil. \"Mesmo com nossos esforços para aumentar a competitividade, é impossível competir de maneira justa com esse volume de aço que entra de forma desleal\", afirmou Werneck.


O tema foi discutido com o presidente Lula e representantes do governo, e o executivo demonstrou otimismo quanto à adoção de novas medidas para proteger a indústria nacional. \"Estou muito confiante que, após o que discutimos aqui hoje, o governo tomará medidas mais rigorosas para conter esse volume desleal de importação\", acrescentou.


Outro ponto abordado foi a preservação dos empregos no setor. Werneck elogiou a postura do governo, citando a atuação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. \"O governo tem se mostrado aberto ao diálogo, pois não podemos permitir que empregos brasileiros sejam prejudicados por uma concorrência desleal que não segue as normas da Organização Mundial do Comércio\", destacou.


Segundo ele, historicamente, o Brasil registrava cerca de 11% de participação do aço importado no mercado nacional, mas esse número saltou para 25% recentemente, gerando impactos significativos para a indústria siderúrgica do país.


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