PT mira eleição de 2026 para romper tabu no Senado por Minas Gerais

Desde sua fundação em 1980, o Partido dos Trabalhadores (PT) nunca conseguiu eleger um senador por Minas Gerais, um dos estados mais importantes do cenário político nacional. Com a aproximação das eleições de 2026, a legenda trabalha nos bastidores para mudar esse histórico e garantir uma vaga no Senado.

Foto: Câmara dos Deputados

Com duas cadeiras em disputa, a estratégia do PT passa pela construção de alianças e pela possível candidatura do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG). Atualmente no sexto mandato, ele é vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados e já cogitou disputar o Senado em eleições anteriores. No entanto, por decisão partidária e a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acabou abrindo mão da corrida eleitoral.

Em 2018, Lopes cedeu espaço para a candidatura de Dilma Rousseff, que acabou derrotada. Já em 2022, ele apoiou Alexandre Silveira (PSD), que também não conseguiu se eleger e hoje ocupa o cargo de ministro de Minas e Energia. Agora, o petista avalia a possibilidade de entrar na disputa, mas só deve confirmar sua candidatura caso haja uma aliança ampla para viabilizar seu nome.

O PT busca formar uma chapa equilibrada, possivelmente com um nome da legenda e outro de um partido do Centrão, ampliando o leque de apoios. A decisão final sobre os candidatos ao Senado será tomada apenas a partir de agosto de 2025, conforme o avanço das articulações políticas.

Além de Reginaldo Lopes, outras figuras de destaque no cenário mineiro já aparecem como possíveis candidatos ao Senado em 2026. Entre os cotados estão Aécio Neves (PSDB), Alexandre Silveira (PSD), Carlos Viana (Podemos), Domingos Sávio (PL), Eros Biondini (PL), Euclydes Pettersen (Republicanos), Marcelo Aro (PP) e Paulo Abi-Ackel (PSDB).

Reginaldo Lopes tem conquistado espaço entre as bancadas do Congresso Nacional com sua atuação em projetos de grande relevância. Em 2024, foi o responsável por relatar a regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Nos próximos meses, deve assumir a relatoria do Projeto de Lei sobre o marco regulatório da Inteligência Artificial no Brasil.

A expectativa nos bastidores é que o petista só entre na disputa caso tenha reais chances de vitória, caso contrário, sua candidatura à reeleição na Câmara será o caminho natural. O desafio para o PT agora é garantir o apoio necessário para finalmente conquistar uma vaga no Senado por Minas Gerais.

As eleições de 2026 definirão não apenas os novos senadores, mas também o presidente da República, governadores e deputados estaduais e federais. Até lá, o tabuleiro político mineiro ainda pode passar por muitas mudanças.