STF aplica nova regra das sobras eleitorais e sete deputados podem perder mandatos
Decisão tem efeito retroativo e obriga o TSE a refazer cálculos para definir os novos eleitos
Por Plox
14/03/2025 08h42 - Atualizado há 3 dias
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (13), que as novas regras de distribuição das 'sobras eleitorais' devem ser aplicadas retroativamente às eleições de 2022.

Essa decisão pode resultar na perda de mandato de sete deputados federais. A mudança obriga o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a refazer os cálculos para definir os novos eleitos, impactando diretamente a composição da Câmara dos Deputados.
As 'sobras eleitorais' referem-se às vagas remanescentes que não são preenchidas na primeira e segunda fases de distribuição de cadeiras nas eleições proporcionais. Com a nova interpretação, todos os partidos e candidatos poderão participar dessa distribuição, independentemente de atingirem um percentual mínimo de votação.
Os deputados que podem perder seus mandatos são:
- Augusto Puppio (MDB-AP);
- Gilvan Máximo (Republicanos-DF);
- Lázaro Botelho (PP-TO);
- Lebrão (União-RO);
- Professora Goreth (PDT-AP);
- Sílvia Waiãpi (PL-AP);
- Sonize Barbosa (PL-AP).
Com a recontagem dos votos, os seguintes candidatos assumiriam as vagas:
- Aline Gurgel (Republicanos-AP);
- André Abdon (PP-AP);
- Professora Marcivânia (PCdoB-AP);
- Paulo Lemos (PSOL-AP);
- Rafael Bento (Podemos-RO);
- Rodrigo Rollemberg (PSB-DF);
- Tiago Dimas (Podemos-TO).
A decisão gerou reações no meio político, com deputados que podem perder seus mandatos criticando a aplicação retroativa da regra. Segundo eles, a mudança deveria valer apenas para as próximas eleições, preservando os resultados já consolidados.
A aplicação retroativa das novas regras das sobras eleitorais tem gerado debates sobre segurança jurídica e estabilidade institucional. Especialistas apontam que a decisão pode abrir precedentes para alterações futuras em resultados eleitorais já oficializados.
Nos próximos dias, o TSE deverá refazer os cálculos e divulgar a lista final de parlamentares eleitos, de acordo com a nova interpretação do STF.