Eduardo Leite mira união com Zema e Tarcísio em 2026 para ir contra Lula e Bolsonaro

Eu vou estar do lado daquilo que apontar ao Brasil uma alternativa a Lula e Bolsonaro. Nós temos que sair dessa polarização", afirmou o governador gaúcho

Por Plox

14/04/2023 19h55 - Atualizado há quase 2 anos

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), manifestou na quinta-feira (13) seu desejo de unir forças com Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, nas eleições nacionais de 2026. A declaração ocorreu durante o "Fórum da Liberdade 2023", realizado em Porto Alegre (RS), onde os dois governadores participaram de uma palestra.

Leite destacou sua intenção de construir uma candidatura que fuja da polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Quando me perguntam sobre 2026, não é e não pode ser sobre qualquer projeto pessoal. Eu vou estar do lado daquilo que apontar ao Brasil uma alternativa a Lula e Bolsonaro. Nós temos que sair dessa polarização", afirmou o governador gaúcho.

Apesar das vaias em alguns momentos, Leite manteve o tom amistoso com Zema e expressou seu desejo de união em 2026. "Eu quero deixar muito claro, da minha parte não haverá divisão. Eu quero estar junto com o Zema, quero estar junto com o Tarcísio, quero estar junto com todos aqueles que entenderem que é possível uma alternativa ao que está aí", disse.

Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul/Foto: divulgação

 

Vale lembrar que tanto Zema quanto Tarcísio têm conexões com Bolsonaro. Zema apoiou o ex-presidente no segundo turno, enquanto Tarcísio foi ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro e recebeu seu apoio durante a campanha ao governo paulista. Por outro lado, Leite derrotou Onyx Lorenzoni (PL), candidato apoiado por Bolsonaro, nas eleições para o governo gaúcho em 2022.

Um tema em comum entre os três governadores é a saída das empresas estaduais de saneamento de seus respectivos estados da Associação Brasileira das Empresas Estatais de Saneamento (Aesbe). Essa decisão ocorre após os decretos de Lula que alteram a regulamentação do novo marco legal do saneamento. Ambos os governadores criticaram a medida proposta pelo governo Lula durante a palestra.

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