Pesquisador mineiro do ChatGPT discute a relação entre humanos e inteligência artificial
O sucesso surpreendente do ChatGPT e a transformação no mercado de trabalho
Por Plox
14/04/2023 08h26 - Atualizado há mais de 1 ano
Durante sua participação no painel sobre inteligência artificial no evento Imersão Indústria 2023, promovido pela Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) e com o apoio da Itatiaia, o cientista de dados mineiro Raphael Gontijo, envolvido na criação do ChatGPT, vislumbrou um futuro "bem estranho". Morando nos Estados Unidos, Gontijo dirigiu-se ao público brasileiro pela primeira vez na última quinta-feira (13).
O pesquisador abordou a preocupação global sobre o ChatGPT eliminar profissões e defendeu que, embora seja fundamental aprender a trabalhar com a inteligência artificial, o profissional humano sempre terá seu lugar no mercado. Gontijo comparou a situação ao lançamento de um software de análise estatística, que, em vez de eliminar empregos, criou uma indústria dependente de profissionais humanos.
Participando virtualmente do evento, o cientista reforçou a ideia de que a inteligência artificial é uma ferramenta que, sozinha, não tirará empregos das pessoas, mas mudará a forma como trabalhamos. Bruno Bianchini, diretor comercial e de marketing da Itatiaia, também compartilhou dessa visão, defendendo que o ser humano sempre será essencial e nunca será superado, desde que saiba aproveitar as oportunidades e evoluir.
Um dos idealizadores do projeto ChatGPT, Gontijo revelou que nem mesmo a equipe envolvida imaginava o impacto que a plataforma teria na sociedade. Inicialmente, esperavam apenas 20 mil acessos na primeira semana, mas o sistema alcançou 1 milhão de visitantes. Para ele, o sucesso se deve à combinação de poder e simplicidade, permitindo que usuários aproveitem a inteligência artificial sem a necessidade de conhecimento avançado em tecnologia.
Segundo Gontijo, o diferencial do ChatGPT é a possibilidade de interagir com o sistema, ajustando instruções conforme necessário. Ele reconhece a utilidade e as limitações da ferramenta, mas admite que o aprendizado da máquina surpreende até mesmo aqueles que a desenvolveram.