Preço do 'cafezinho fora de casa' sobe mais que inflação em 2023
A alta no preço do café fora de casa é resultado de diferentes pressões no mercado. A última safra foi prejudicada por fatores climáticos, o que elevou os preços
Por Plox
14/04/2023 09h25 - Atualizado há mais de 1 ano
Nesta sexta-feira (14) é comemorado o Dia Mundial do Café, mas o valor do cafezinho fora de casa está mais caro em 2023. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tomar um cafezinho fora de casa encareceu 9,73% nos últimos 12 meses, mais que o dobro da inflação geral medida no mesmo período, que foi de 4,65%.
A alta no preço do café fora de casa é resultado de diferentes pressões no mercado. A última safra foi prejudicada por fatores climáticos, o que elevou os preços. No entanto, há expectativa de melhora na atual safra, segundo as primeiras estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Indústria do café fatura mais em 2022, apesar da redução do consumo
Em 2022, o café torrado e moído ficou 35,4% mais caro no varejo, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). Apesar de uma leve redução no consumo, o Brasil consumiu 21,3 milhões de sacas de café entre novembro de 2021 e outubro de 2022, cerca de 1,01% a menos do que no mesmo período do ano anterior. Ainda assim, com a valorização da matéria-prima, a indústria do café faturou 54,6% mais em 2022 do que no ano anterior, totalizando R$ 23,5 bilhões.
Mesmo com o aumento geral no preço do café, cafeterias de Belo Horizonte estão aproveitando um bom momento de interesse do consumidor por cafés especiais. O preço médio de 600g de café comercial, encontrado nos supermercados da cidade, é de R$ 18,66, segundo levantamento mensal da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da UFMG.
Minas Gerais estima crescimento de 25% na produção de café
As primeiras estimativas da Conab apontam para um crescimento de 25% na produção de café em Minas Gerais em comparação com a safra anterior. Caso essa expectativa se confirme, o estado será responsável por aproximadamente 50% da produção nacional.