Após corte da Petrobras, diesel S-10 recua só 0,8% nos postos

Enquanto a Petrobras reduziu o preço nas refinarias em 4,6%, o consumidor sentiu impacto mínimo nas bombas; gasolina teve leve alta e gás de cozinha quase não variou

Por Plox

14/04/2025 13h19 - Atualizado há 10 dias

Mesmo após a Petrobras reduzir em 4,6% o preço do diesel S-10 para as distribuidoras no dia 1º de abril, o repasse aos consumidores foi praticamente simbólico. Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 6 e 12 de abril, o combustível teve queda de apenas 0,8% nos postos de abastecimento em todo o Brasil.


Imagem Foto: José Cruz / Agência Brasil


Durante esse período, o valor médio cobrado pelo litro do diesel S-10 nos postos foi de R$ 6,33. A região Norte do país apresentou o maior preço médio regional, de R$ 6,52 por litro. Já entre as capitais brasileiras, o maior preço foi registrado em Rio Branco, no Acre, onde o litro do diesel chegou a R$ 7,84.



No caso da gasolina, o preço subiu levemente, mesmo após 270 dias sem reajuste por parte da Petrobras. Na última semana, o aumento foi de 0,2%, elevando o valor médio para R$ 6,32 o litro. Assim como no diesel, a região Norte lidera com o maior preço médio, a R$ 6,68. Novamente, Rio Branco teve o litro mais caro entre as capitais, com R$ 7,63.



O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido como gás de cozinha, apresentou uma variação ainda menor. Houve uma queda de apenas 0,1%, resultando em uma média nacional de R$ 107,39 para o botijão de 13 quilos. Em Boa Vista, Roraima, foi registrado o valor mais elevado, de R$ 137,17 por botijão.



De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), os preços dos combustíveis no mercado interno continuam acima da paridade de importação (PPI). Em média, gasolina e diesel estão cerca de 4% mais caros do que no mercado internacional, o que mantém as janelas de importação economicamente viáveis. Se considerados apenas os preços nas refinarias da Petrobras, que dominam 80% do mercado nacional, os valores internos superam os externos em 5%, o que poderia permitir reduções de até R$ 0,18 no diesel e R$ 0,15 na gasolina.


Na contramão da estatal, a Refinaria de Mataripe, na Bahia — única privada de grande porte no país — pratica preços mais próximos da paridade. Lá, o diesel é vendido com apenas 1% de sobrepreço em relação ao mercado internacional, enquanto a gasolina está até 3% mais barata para os distribuidores. A refinaria baiana, diferentemente da Petrobras, realiza ajustes semanais nos preços dos combustíveis.


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