Médico de Bolsonaro admite risco de novas cirurgias após procedimento complexo

Cirurgião-chefe afirma que ex-presidente pode precisar de novas intervenções por causa de aderências no abdome

Por Plox

14/04/2025 11h16 - Atualizado há 10 dias

Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (14), o cirurgião-geral Cláudio Birolini, responsável pela equipe médica que operou Jair Bolsonaro, declarou que não se pode descartar a possibilidade de o ex-presidente precisar passar por novas cirurgias no futuro.


Imagem Foto: Reprodução


Segundo o médico, embora o procedimento realizado neste domingo (13) tenha sido planejado para ser definitivo, o histórico clínico de Bolsonaro ainda representa riscos. “Nós fizemos com a ideia de que fosse uma cirurgia definitiva, digamos assim. Naturalmente, novas aderências vão se formar. Isso é inevitável”, afirmou Birolini. Ele explicou que o abdome do paciente é considerado “hostil” e, mesmo com todos os esforços para restabelecer as funções fisiológicas, não se pode garantir que o problema esteja totalmente resolvido.



A cirurgia, que durou cerca de 12 horas, foi necessária em razão de complicações relacionadas à facada sofrida por Bolsonaro em 2018, durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). De acordo com o médico, o quadro clínico que levou o ex-presidente ao hospital na última sexta-feira (11) foi o pior desde o atentado.


Bolsonaro começou a se sentir mal durante um evento do Partido Liberal no Rio Grande do Norte e precisou de atendimento no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz. Posteriormente, ele foi transferido para o Hospital Rio Grande, em Natal, e finalmente levado ao hospital DF Star, em Brasília, onde foi realizada a cirurgia.



Além de Birolini, o cardiologista Leandro Echenique também participou do procedimento e destacou a complexidade da operação. “Tinha muita aderência (no intestino), mas o resultado foi excelente. Não houve complicação, e todas as medidas preventivas serão tomadas. Ele está acordado, consciente e já fez uma piadinha ali”, relatou o especialista.


Mesmo com o sucesso da cirurgia, Birolini informou que o pós-operatório será prolongado, sem previsão de alta para esta semana. Ele ressaltou que Bolsonaro precisará de cuidados contínuos nos próximos meses.


As visitas familiares estão liberadas, porém, segundo o médico, foi solicitado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro que essas visitas sejam mantidas de forma bastante restrita.



A equipe médica espera que o tratamento proporcione uma vida normal a Bolsonaro, mas reforça que o processo será cauteloso e sem pressa.


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