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Política
AGU pede ao STF para que Pazuello possa ficar em silêncio na CPI da Pandemia
Além do pedido para que Pazuello possa ficar em silêncio, a AGU também pediu que o ex-ministro possa ser acompanhado de um advogado
14/05/2021 às 10:17por Redação Plox
14/05/2021 às 10:17
— por Redação Plox
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Nessa quinta-feira (13), a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou um pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, possa ficar em silêncio durante seu depoimento na CPI da Pandemia, que ocorre no Senado Federal.
Além do pedido para que Pazuello possa ficar em silêncio, a AGU também pediu para que o ex-ministro possa ser acompanhado de um advogado durante o depoimento, que está marcado para a próxima quarta-feira (19).
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Nesta semana prestaram depoimento Antônio Barra Torres, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na terça-feira (11). Fabio Wajngarten, ex-secretário de comunicação da Secretaria de Comunicação da Presidência, na quarta-feira (12), e Carlos Murillo, presidente regional na América Latina da Pfizer, nessa quinta-feira (13).
Na quarta-feira, Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, pediu para que Fabio Wanjgarten fosse preso, sob acusação de mentir em depoimento. Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, rechaçou a possibilidade e disse que não iria tomar esse tipo de atitude.
Após o pedido de prisão de Fabio, o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), pediu a palavra e chamou Renan Calheiros “vagabundo”. Flávio disse: "Imagina um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros". Renan respondeu dizendo: “vagabundo é você, que roubou dinheiro do pessoal do seu gabinete”. Após a confusão, Omar Aziz encerrou a reunião.
Depoimento de Carlos Murillo
Em seu testemunho na CPI da Pandemia, nesta quinta-feira (13), Carlos Murillo, presidente regional da Pfizer na América Latina, falou sobre os contratos da empresa com o Governo Federal, em relação a quantidade de doses de vacinas e quando foram enviadas propostas. Murillo afirmou que em agosto de 2020, foram enviadas três propostas, mas os contratos só foram fechados em 2021.
Segundo Carlos Murillo, o segundo contrato de vacinas com o Ministério da Saúde está na fase final de assinatura e prevê um total de 100 milhões de doses, a US$ 12, com entrega até o quarto trimestre deste ano, ou seja, a partir de outubro de 2021. Em março, o Governo Federal já havia fechado um outro acordo com a Pfizer, para mais 100 milhões de doses neste ano, no valor de US$ 10. Ao todo, a empresa vai disponibilizar 200 milhões de doses.
Carlos Murillo. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Carlos Murillo afirmou que os primeiros contatos da empresa com o Governo Federal foram em maio e, em agosto, quando a Pfizer fez uma oferta de vacina, o Brasil não teria respondido a oferta.
Murillo também declarou que a empresa chegou a oferecer outras propostas ainda em agosto e, na segunda e na terceira propostas apresentadas ao Ministério da Saúde, não houve respostas. De acordo com o presidente da Pfizer, em dezembro, o Brasil poderia ter recebido 1,5 milhão de doses.
Conforme relatado por Murillo, a primeira oferta oficial, feita ao Ministério da Saúde, ocorreu em 14 de agosto de 2020, com duas possibilidades: 30 milhões de doses ou 70 milhões de doses, ambas com a entrega de 500 mil doses ainda em 2020.
Na segunda oferta, em 18 de agosto de 2020, e na terceira, em 26 de agosto, também foram propostos os volumes de 30 milhões e 70 milhões, mas com uma nova possibilidade: 1,5 milhão de doses para serem entregues em 2020.
Murillo ainda afirmou que, caso o Brasil tivesse aceitado a proposta em agosto, a Pfizer teria feito o mesmo processo que foi feito nos Estados Unidos, Reino Unido, entre outros países, quando a empresa só fez o pedido de uso emergencial da vacina nas agências reguladoras (no brasil é a Anvisa) após os governos terem assinado contratos, ou pré-contratos, estando o pagamentos condicionados à autorização de uso da vacina no país.
O presidente da Pfizer garantiu que as negociações com o governo brasileiro sempre foram lideradas por ele, junto ao Ministério da Saúde, em especial com o ex-secretário-executivo da pasta, Élcio Franco. Murillo também confirmou a assessoria de dois escritórios externos de advocacia à empresa.
Murillo também relatou que novas ofertas teriam sido feitas em fevereiro e março deste ano, porém, só em março foi assinado contrato com a empresa, de 100 milhões de doses.
O presidente regional da Pfizer ainda falou sobre as cláusulas leoninas do contrato com o Governo federal e afirmou que as mesmas clausulas são utilizadas pela empresa com todos os 110 países na qual a Pfizer tem negociações de vacinas.
“Não concordo com esse posicionamento e com o classificativo de cláusulas leoninas. A Pfizer exigiu a todos os países as mesmas condições que ofereceu ao Brasil”, disse Murillo.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.
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