8/1: condenados violam tornozeleira e fogem do Brasil; veja quem são

Dentre esses, dez fugiram para o exterior neste ano através das fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Elas foram para Argentina e Uruguai.

Por Plox

14/05/2024 16h42 - Atualizado há 2 meses

Após os tumultuados eventos de 8 de janeiro do ano passado, quando houve tentativas de invasão das sedes dos Três Poderes no Brasil, dez indivíduos condenados ou sob investigação conseguiram escapar do monitoramento eletrônico e deixaram o país. Esses atos foram amplamente caracterizados como golpistas, seguindo a disputa eleitoral de 2022. Segundo um levantamento divulgado pelo UOL, esses dez foram parte de um grupo maior de 51 pessoas que atualmente são procuradas pela justiça, com mandados de prisão em aberto ou por terem rompido suas tornozeleiras eletrônicas.

Foto: Arquivo/ Agência Brasil

A rota de fuga desses indivíduos incluiu as fronteiras dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com destinos como Argentina e Uruguai. Dentre os fugitivos, sete já possuem condenações pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com penas que ultrapassam dez anos devido à sua participação nos eventos. Os fugitivos, cuja maioria provém dos estados do Sul e Sudeste brasileiro, têm uma média de idade de 50 anos, e entre eles, seis são mulheres.

Os registros usados no levantamento provêm de fontes como o STF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e foram complementados por depoimentos de familiares, amigos, investigadores e advogados dos acusados. Os advogados dos envolvidos contestam as acusações de vandalismo ou de tentativa de golpe, alegando que seus clientes estavam nos prédios apenas para se protegerem das bombas lançadas por forças de segurança.

Um dos advogados, Cláudio Caivano, defendeu os atos dos presos, argumentando que os crimes de depredação não justificam prisões tão severas, uma vez que, em sua visão, invadir o Palácio do Planalto em um domingo não constitui um ataque ao Estado.

As legislações atuais estipulam que a destruição da tornozeleira eletrônica e subsequente fuga não aumentam a pena inicial, mas resultam na perda do regime aberto, mudando para semiaberto ou fechado. Ajudar na fuga, contudo, é crime e pode resultar em detenção de seis meses a dois anos.

A Polícia Civil dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul informou que não foram solicitadas buscas para os fugitivos, enquanto a Polícia Civil do Paraná ainda não se manifestou. As administrações penitenciárias de Paraná e Santa Catarina também não forneceram dados sobre o número de indivíduos que romperam tornozeleiras ou fugiram recentemente.
Saiba quem são os foragidos: 

Ângelo Sotero, músico, 59 anos, de Blumenau (SC) 

Gilberto Ackermann, corretor de seguros, 50 anos, de Balneário Camboriú (SC) 

Raquel de Souza Lopes, 51 anos, de Joinville (SC) 

Luiz Fernandes Venâncio, empresário, 50 anos, de São Paulo (SP) 

Flávia Cordeiro Magalhães Soares, empresária, 47 anos

 Alethea Verusca Soares, 49 anos, de São José dos Campos (SP) 

Rosana Maciel Gomes, 50 anos, de Goiânia (GO) 

Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, 58 anos, de Betim (MG) 

Daniel Luciano Bressan, pedreiro e vendedor, 37 anos, de Jussara (PR) 

Fátima Aparecida Pleti, empresária, 61 anos, de Bauru (SP) 
 

 

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