Azul anuncia resultados do primeiro trimestre com prejuízo reduzido e expansão da frota

Empresa melhora performance, mas registra perdas; previsão de aquisição de novas aeronaves impulsiona expectativas

Por Plox

14/05/2024 09h24 - Atualizado há 2 meses

Apesar de encerrar o primeiro trimestre de 2024 com um prejuízo líquido ajustado de R$ 324,2 milhões, a Azul Linhas Aéreas apresentou uma significativa melhora de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado foi acompanhado de um recorde no Ebitda, um importante indicador de geração de caixa, que alcançou R$ 1,4 bilhão, refletindo um aumento de 37,4% em comparação ao início de 2023.

Foto: Azul / Divulgação

Expansão e Eficiência

Segundo John Rodgerson, CEO da Azul, a companhia tem planos ambiciosos para os próximos anos, incluindo a incorporação de 13 novos aviões do modelo E2, fabricados pela Embraer. Esses modelos são mais econômicos no consumo de combustível e oferecem um maior número de assentos, reduzindo o custo por assento em 26%. Essa estratégia está alinhada à expansão da malha exclusiva da empresa, que espera gerar um Ebitda robusto, ampliar o fluxo de caixa livre e expandir as margens no segundo semestre de 2024.

Resultados em detalhe

A receita líquida da Azul nos primeiros três meses do ano ficou próxima de R$ 4,7 bilhões, um crescimento de 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023. O indicador RPK, que mede a quantidade de passageiros transportados por quilômetro, teve um aumento de 1,7%, impulsionado pelo mercado doméstico. Por outro lado, a demanda por voos internacionais recuou 9,6%.

Comparativo com concorrentes

Em um contexto mais amplo, a Azul foi a segunda das três maiores companhias aéreas do Brasil a divulgar seus resultados financeiros do trimestre. Anteriormente, a Latam reportou um lucro líquido de mais de R$ 258 milhões. Por sua vez, a Gol, que enfrenta um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos com dívidas que totalizam US$ 8,3 bilhões, anunciou que divulgará seus resultados em breve.

As companhias aéreas brasileiras têm buscado apoio governamental para superar as adversidades econômicas causadas pela pandemia, enfrentando desafios adicionais como a judicialização e o alto custo do querosene de aviação, conforme apontado por representantes do setor.

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