Em Divinópolis, bebês com bronquiolite são levados de helicóptero para Governador Valadares e Timóteo
Sem leitos disponíveis, crianças de 2 e 4 meses foram transferidas de Divinópolis para hospitais a mais de 300 km de distância
Por Plox
14/05/2025 12h58 - Atualizado há 1 dia
Diante do agravamento dos casos de doenças respiratórias em Minas Gerais, dois bebês, de apenas dois e quatro meses, precisaram ser transferidos às pressas de Divinópolis para hospitais em outras regiões do estado. A remoção foi realizada no último domingo (11), por meio de helicópteros do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros, com apoio do Samu, percorrendo mais de 300 km de distância.

As crianças apresentavam sintomas de bronquiolite e estavam internadas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto Cordeiro Martins, no Centro-Oeste mineiro. De acordo com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da região Oeste, ambos necessitavam de atendimento intensivo e não havia leitos disponíveis na cidade.
O bebê mais velho, de quatro meses, foi levado para o Hospital Bom Samaritano, em Governador Valadares, localizado na região do Rio Doce. Já o mais novo, com dois meses de vida, foi encaminhado ao Hospital e Maternidade de Timóteo, no Vale do Aço. Uma terceira criança, um recém-nascido que também aguardava vaga em UTI, seria transferida para Uberlândia, mas conseguiu internação em Divinópolis instantes antes do deslocamento.
Segundo o piloto Thiago Miranda, responsável pela operação, as ações fazem parte de uma força-tarefa montada pelo Corpo de Bombeiros e pela Secretaria Estadual de Saúde para transportar principalmente bebês infectados por bronquiolite para cidades com maior capacidade hospitalar. “O objetivo é garantir que essas famílias tenham atendimento adequado”, afirmou.
O estado de Minas Gerais decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento expressivo de internações por doenças respiratórias, com destaque para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O decreto, com validade inicial de 180 dias, permite a adoção de medidas urgentes, como a contratação de profissionais e a compra de insumos sem necessidade de licitação, a fim de reforçar a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).