"Erro de diagnóstico leva à morte dentista de 28 anos por Febre Maculosa"

A dentista Evelyn Karoline Santos, 28 anos, de Hortolândia, São Paulo, teve sua vida tragicamente interrompida pela febre maculosa, uma doença infecciosa transmitida por carrapatos. Evelyn buscou ajuda em diversos hospitais, mas, inicialmente, foi diagnosticada erroneamente com dengue, de acordo com relatos de sua família.

Erro de Diagnóstico Fatal

O marido da vítima, Marcelo Borges, 38, conta que Evelyn começou a sentir sintomas graves no dia 4 de junho, apresentando dor nas articulações e febre alta, chegando a 40º C. Foi neste dia que ela procurou atendimento médico no Hospital Municipal Mario Covas, em Hortolândia. Lá, um exame de sangue indicou apenas alterações nas plaquetas, o que levou à suposição de que a causa fosse dengue. No entanto, não houve um aprofundamento na investigação, e a paciente foi orientada a repousar em casa.

Busca por Ajuda Continua

Evelyn, não melhorando, recorreu ao Hospital Samaritano, também em Hortolândia, no dia 5 de junho. "Ela estava tomando soro, plasil e dipirona. Trocou o médico que estava no plantão e ele falou que tinha certeza que era dengue", relata Marcelo. Outros dois testes foram realizados, os quais resultaram negativos para dengue. Contudo, mesmo assim, Evelyn foi liberada para casa.

No dia seguinte, Evelyn teve uma convulsão no caminho para o Hospital de Clínicas da Unicamp, em Campinas. Marcelo descreve o momento aterrorizante: "Estava fraca, vomitou. Eu fui fazendo massagem cardíaca nela". Naquela ocasião, Evelyn foi internada em estado grave, e, infelizmente, faleceu dois dias depois.

Foco da Infecção

A dentista e seu marido estiveram presentes na Feijoada do Seo Rosa, realizada na Fazenda Santa Margarida, em Campinas, no dia 27 de maio. Este evento, que contou com a presença de cerca de 3.500 pessoas, é apontado por autoridades sanitárias como o "provável local de infecção". Outros três frequentadores do evento também sucumbiram à doença.

Homenagem à Vítima

Evelyn era uma pessoa muito querida em sua comunidade. Segundo relatos, mais de 1.500 pessoas compareceram ao seu velório. Ela era conhecida por sua generosidade, tanto em termos emocionais quanto em seu trabalho. “Tinha cliente que ia ao consultório para arrumar os dentes, não tinha dinheiro e ela fazia de graça", diz Marcelo.