Justiça determina que Corinthians pague dívida de R$ 1,5 milhão com KPMG

A Justiça de São Paulo estabeleceu um prazo de três dias para que o Corinthians quite uma dívida de aproximadamente R$ 1,5 milhão com a empresa de consultoria financeira KPMG. Esta quantia refere-se a serviços prestados durante a gestão do ex-presidente Duílio Monteiro Alves. A decisão foi tomada pelo juiz Paulo Guilherme Amaral Toledo, da 1ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé, e publicada na última quinta-feira, 13 de junho.

A KPMG foi contratada para ajudar na reestruturação financeira do clube, mas alega não ter recebido pelo serviço realizado. O acordo entre as partes previa o pagamento até 20 de janeiro deste ano, segundo informações da ESPN e do Estadão. Além do valor principal, o clube foi condenado a pagar os honorários advocatícios, fixados em 10% do montante devido. O Corinthians tem 15 dias para apresentar recurso e, se a dívida não for paga após a citação judicial, o clube pode enfrentar bloqueios e penhora de bens.

Nos autos do processo, a KPMG afirmou ter esgotado todas as tentativas amigáveis de recebimento, mas não obteve sucesso, o que a levou a entrar com a ação de execução. "O Corinthians permaneceu inerte e não honrou com o compromisso assumido", disse a empresa.

Duílio Monteiro Alves reconheceu a dívida e alegou que a responsabilidade pelo pagamento recai sobre a nova gestão, liderada pelo presidente Augusto Melo. Segundo Duílio, a pendência foi informada durante a transição, mas não foi tratada com a devida seriedade pela atual administração.

O balanço financeiro do último ano da gestão de Duílio no Corinthians revelou um endividamento líquido de R$ 886 milhões. Apesar de uma redução de 4% em relação ao ano anterior, a dívida aumentou 138% entre 2014 e 2023. Estes números não incluem a dívida de R$ 706 milhões com a Caixa Econômica Federal pelo financiamento da Neo Química Arena, o que eleva o passivo total do clube para aproximadamente R$ 2,1 bilhões, conforme esclarecido pelo ex-diretor financeiro Rozallah Santoro.