Motociclista que matou idosa com manobra perigosa é denunciado por homicídio em Minas

Acusado empinou moto, perdeu controle e atropelou vítima de 78 anos; ele responderá por homicídio qualificado e pode pegar até 43 anos de prisão

Por Plox

14/07/2025 17h14 - Atualizado há 1 dia

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Tarumirim, ofereceu denúncia contra Wanderson Alves dos Santos, de 22 anos, pelo crime de homicídio qualificado por dolo eventual, além de exibição de manobra perigosa com veículo automotor. O acusado responderá ainda por concurso material de crimes.


De acordo com o inquérito policial, no dia 9 de julho de 2025, por volta das 6h36, na Rua da Matriz, no distrito de São José do Acácio, em Engenheiro Caldas (MG), o denunciado, pilotando uma motocicleta Honda/CG 150 Titan KS, realizou uma manobra conhecida como “grau”, utilizando-se de um quebra-molas para empinar a moto. Durante a ação, ele perdeu o controle, invadiu a contramão e atropelou violentamente a idosa Maria Ferreira da Cunha Gonçalves, de 78 anos.


Imagem Foto: Reprodução/Redes Sociais


A vítima foi atingida de forma abrupta enquanto caminhava, sofrendo múltiplas fraturas e politraumatismo. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital em decorrência dos ferimentos. A denúncia qualifica o homicídio como praticado por motivo fútil, com emprego de meio que gerou perigo comum, e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A idade avançada de Maria Ferreira também agrava a pena, conforme o artigo 121, §4º, do Código Penal.


O Ministério Público sustentou que o réu assumiu o risco de matar ao praticar manobra perigosa em alta velocidade, sem se preocupar com os riscos para os pedestres presentes. Segundo o promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, a conduta do acusado demonstra total desprezo pela vida humana, sendo indispensável a responsabilização penal.


A prisão preventiva de Wanderson foi solicitada pelo MP e deferida pelo Judiciário em 10 de julho. Ele foi localizado e preso no dia 14 de julho de 2025 pela equipe do delegado Dr. Guilherme Lincoln, da Delegacia de Inhapim. O acusado foi encaminhado ao presídio local, onde permanecerá detido até julgamento.


O processo tramita na Vara Única da Comarca de Tarumirim, e o réu será julgado pelo Tribunal do Júri. Se condenado, poderá cumprir pena entre 16 e 43 anos de prisão em regime fechado, além da inabilitação para conduzir veículos.


Para o Ministério Público, a denúncia e a rápida atuação das forças de segurança são exemplo do rigor com que a lei será aplicada a crimes dessa natureza na Comarca de Tarumirim.


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