Paulo Gonet entrega alegações finais em ação contra Bolsonaro e aliados

Nesta segunda-feira, 14 de julho, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, deve entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado articulada após as eleições presidenciais de 2022.

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A peça apresentada por Gonet pode resultar em um pedido de condenação ou absolvição de Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, e de outros sete acusados ligados ao chamado 'Núcleo 1' da denúncia. Esse grupo é composto por figuras militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior.

Entre os nomes citados estão Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e tenente-coronel; Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha; Alexandre Ramagem, atual deputado federal e ex-diretor da Abin; Augusto Heleno, general e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, general que também ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil.

O processo contra o grupo está em fase decisiva. Após o envio da manifestação do Ministério Público Federal, caberá aos réus apresentarem suas próprias alegações finais. O primeiro deles será Mauro Cid, que possui preferência por ter firmado um acordo de delação premiada. O prazo para cada manifestação é de até 15 dias.

\"Como o general Walter Braga Netto está preso, os prazos processuais não foram suspensos durante o recesso do Judiciário\", determinou o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso

Após a entrega das manifestações de todos os envolvidos, caberá a Moraes definir a data do julgamento no plenário do Supremo. A previsão é que isso ocorra entre o fim de agosto e o início de setembro, encerrando uma das etapas mais relevantes do caso que envolve as tentativas de subverter o resultado das eleições de 2022.