Palocci revela repasses ilegais ao PT, Instituto Lula e filho do ex-presidente

A informação foi passada durante delação premiada, como mostra reportagem da revista Veja

Por Plox

14/08/2019 16h53 - Atualizado há mais de 4 anos

A revista Veja dessa quarta-feira, 14 de agosto, publicou a informação de que o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci (PT), revelou o repasse de dinheiro do grupo Qualicorp ao PT, ao Instituto Lula e à empresa do filho caçula do ex-presidente Lula, Luis Cláudio Lula da Silva, a Touchdown. 

As revelações de Palocci foram feitas durante delação premiada, sendo oficializada no Supremo Tribunal Federal (STF). A distribuição dos recursos, conforme Palocci, foram realizados numa troca de “benefícios concedidos pelo governo” à  Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

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Antonio Palocci fez revelações durante delação premiada- Foto: Reprodução/Imagem Ilustrativa

Segundo a Veja, com base no depoimento de Palocci, o partido de Lula embolsou R$ 270,5 milhões para as campanhas 2002 a 2014 e as doações vinham de grandes empresas e grupos que receberiam favores do PT. A delação do ex-ministro ainda revelou que o partido aceitou em gratificação R$ 50 milhões da Camargo Corrêa que seriam repassadas às campanhas em 2010 da ex-presidente Dilma Rousseff e para Gleisi Hoffmann, entre outros integrantes do PT. Para tanto, o partido tentaria dar fim à Operação Castelo de Areia no Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

Crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência foram atribuídos a Lula e Luis Cláudio em março deste ano e a Polícia Federal (PF) os indiciou. Em 2017, por supostamente ter recebido mais de R$ 10 milhões de terceiros, a empresa do filho do ex-presidente, a Touchdown, começou a ser investigada na Operação Lava Jato, a partir das delações premiadas da Odebrecht na força-tarefa.

Resposta da Qualicorp

Sobre  suposto repasse da Qualocorp, a empresa disse em comunicado que os contratos da companhia passam por auditorias de grandes empresas e que “sua atividade é exclusivamente privada e depende da contratação voluntária de cada cliente de plano de saúde. A empresa nunca pleiteou ou obteve qualquer tipo de benefício público e jamais transgrediu a lei. A companhia não comentará supostas acusações do ex-ministro, que foram rejeitadas pelo Ministério Público Federal por ausência de base fática", informou a nota.

Atualizada às 14h15
 

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