Advogado rebate polícia e diz que acusado de feminicídio não foi preso pela Interpol

Alef Teixeira de Souza é acusado de assassinar a namorada, Rafaella Cristina Miranda, de 34 anos, em abril deste ano, na casa onde moravam no bairro Vila Celeste, em Ipatinga, no Vale do Aço

Por Plox

14/08/2023 20h06 - Atualizado há 12 meses

O advogado Bruno Luiz, responsável pela defesa de Alef Teixeira de Souza, procurado internacionalmente por matar uma mulher, em Ipatinga, afirma que o cliente não foi preso pela Interpol. A informação sobre a prisão de Alef, no domingo (13), na Costa Rica, na América Central, foi divulgada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público e foi assunto de uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), em Ipatinga. Alef Teixeira de Souza é acusado de assassinar a namorada, Rafaella Cristina Miranda, de 34 anos, em abril deste ano, na casa onde moravam no bairro Vila Celeste, em Ipatinga, no Vale do Aço. Ao Plox, o advogado disse que conversou com o cliente nesta segunda-feira. “Não sabemos onde ele se encontra, mas tive em contato com ele hoje, ele não está detido, essa informação aí não procede. Eu acho que a gente tem que ter notícias sérias e vindo da autoridade então Ministério Público, delegado de polícia, né, teriam que averiguar melhor essa situação”, disparou Bruno.
Veja na íntegra a entrevista coletiva em que participaram o delegado-chefe do 12º Departamento de Polícia Civil, Gilmaro Alves, o delegado titular da Delegacia de Homicídios de Ipatinga, Marcelo Franco Marino; e o promotor de justiça, Jonas. A coletiva de imprensa foi convocada pelas autoridades para anunciar a prisão de Alef na Costa Rica e dar detalhes sobre o crime.


O advogado Bruno Luiz garantiu que Alef vai se entregar num momento oportuno. “Estou nesse processo desde o início, desde quando começou o inquérito, eu procurei o delegado com o intuito de apresentar o Alef para as autoridades. Eles fizeram toda a tramitação, sequer fizeram contato com esse defensor para que ele fosse apresentado na polícia, que ele estava com muito medo”.
O crime
Rafaella Cristina Miranda, de 34 anos, foi encontrada ao lado do sofá, com evidências claras de violência ao redor. Havia respingos de sangue e indícios de confronto físico em vários pontos da casa. Inicialmente, no dia do assassinato, o acusado contatou o Samu alegando que Rafaella havia falecido devido à injeção de cocaína. No entanto, as investigações conduzidas pela Polícia Civil apontaram para um cenário mais sombrio. De acordo com os relatos, Rafaella foi estrangulada e, ainda com vida, teve cocaína injetada em seu corpo pelo suspeito. Esta ação desencadeou uma intoxicação aguda, causando ruptura de vasos cerebrais e, consequentemente, sua morte.

Ainda sobre a declaração dada ao Plox, o advogado não contesta os crimes pelos quais Alef é acusado. “Se trata de uma pessoa (...) dependente químico, usuário de drogas, isso é fato. E realmente ele está sendo acusado de um homicídio triplamente qualificado e tráfico de drogas, já tem essa denúncia, e ele está esperando o momento certo para se apresentar”.

Histórico do acusado 
Segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, essa não foi a primeira acusação de violência de Alef de Souza contra mulheres. Em abril de 2022, ele teria tentado assassinar uma mulher em São Paulo. Por conta dos dois crimes, durante a coletiva de imprensa o delegado Marcelo Marino afirmou, de acordo com sua experiência policial, que Alef apresenta traços e modus operandi de assassino em série.
 

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