Foragido por tortura e lesão corporal contra enteados, em Inhapim, é preso na Bélgica

Um homem de 40 anos, acusado de tortura e lesão corporal contra seus enteados em Inhapim, Minas Gerais, foi preso na Bélgica após a emissão de uma Difusão Vermelha pela Interpol e um Pedido de Extradição. A captura do foragido foi coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com várias autoridades brasileiras e internacionais. Atualmente, ele permanece em prisão provisória na Bélgica, aguardando o processo de extradição para o Brasil.

Histórico das acusações

As acusações contra o homem são graves e envolvem crimes de tortura e lesão corporal cometidos em 2019. De acordo com a denúncia do MPMG, ele submeteu seus enteados, que estavam sob sua guarda, a intensos sofrimentos físicos e mentais, utilizando violência e grave ameaça. As agressões ocorriam na residência da família, localizada no centro de Inhapim, e os castigos aplicados eram considerados desproporcionais e cruéis, segundo o Ministério Público.

Importância da prisão

O promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro, responsável pelo pedido de Difusão Vermelha, destacou a importância dessa prisão como uma vitória no combate à impunidade e aos crimes graves cometidos na comarca de Inhapim. Ele enfatizou que a captura do foragido demonstra o comprometimento das autoridades em assegurar que os autores de crimes graves sejam responsabilizados por suas ações.

Colaboração internacional e autoridades envolvidas

A prisão do foragido na Bélgica foi fruto de uma ação coordenada que envolveu múltiplas instituições. Além do MPMG, participaram ativamente o Ministério da Justiça, a Polícia Federal de Minas Gerais, por meio da representação da Interpol no Brasil, liderada pela delegada Fátima Zulmira Basalo, e a Polícia Civil de Minas Gerais, representada pelo delegado Guilherme Lincoln Rocha Pereira e o investigador Agripa Anacleto de Sá. Essa colaboração internacional foi fundamental para garantir a localização e prisão do acusado em território estrangeiro.

Tramitação e possíveis penas

O caso está sendo conduzido pela 2ª Vara Criminal de Inhapim. Se condenado pelas acusações de tortura e lesão corporal, o homem poderá enfrentar uma pena de dois a 11 anos de prisão em regime fechado, conforme a legislação brasileira. O andamento do processo e a futura extradição serão cruciais para que ele responda pelos crimes cometidos em território brasileiro.