Justiça mantém prisão preventiva de artista plástica que agrediu PM e atendentes de mercado em SP

Juiz determina que artista plástica responda por crimes cometidos em mercado de SP; defesa alega transtorno mental e dependência química

Por Plox

14/08/2024 13h15 - Atualizado há 5 meses

A Justiça de São Paulo confirmou a prisão preventiva e formalizou a denúncia contra Rita Aparecida Longhini, artista plástica de 52 anos, que atacou funcionárias de um mercado e agrediu um policial militar na Zona Oeste de São Paulo. O incidente, que ocorreu no dia 31 de julho na Rua Caiubí, em Perdizes, foi registrado em vídeo, onde Rita é vista ofendendo verbalmente as funcionárias e posteriormente agredindo um policial militar durante sua detenção.

Foto: Reprodução

Confusão em mercado e agressão a PM

O caso ganhou repercussão após vídeos mostrarem Rita ofendendo as funcionárias de uma unidade do mercado Oxxo. Nas imagens, ela chama as atendentes de "vagabundas" e se refere a uma delas como "traficante". Rita, que estava acompanhada de um cachorro, jogou produtos contra as vítimas, derramou bebida no chão e danificou equipamentos da loja. Durante a confusão, uma das funcionárias, que estava em contato com a polícia, relatou que Rita também a insultou com injúrias raciais, chamando-a de "macaca".

A polícia foi acionada e, ao chegar no local, tentou abordar a suspeita, que continuou a insultar os agentes. Em um dos vídeos, a artista plástica se recusa a ouvir as instruções do policial, respondendo com palavrões e resistindo à abordagem. Quando informada de que seria levada à delegacia, Rita reagiu violentamente, desferindo um tapa no rosto de um dos policiais, o que resultou em sua imobilização e prisão em flagrante.

Acusações e resposta da Justiça

Rita foi autuada por injúria racial, resistência, desacato e agressão. No dia 1º de agosto, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. A 27ª Vara Criminal de São Paulo, responsável pelo caso, avaliou que as provas e depoimentos são suficientes para que a artista plástica seja processada pelos crimes cometidos.

O Ministério Público optou por não oferecer o acordo de não persecução penal (ANPP), que é uma alternativa para casos que não envolvem violência e permite que o acusado confesse e repare os danos, evitando a abertura de um processo criminal. Dada a gravidade das acusações, a promotoria considerou inadequada a aplicação do ANPP.

Defesa alega transtorno mental e dependência

Em resposta às acusações, a defesa de Rita Aparecida Longhini argumentou que a ré sofre de transtornos mentais e é dependente de álcool e entorpecentes. Segundo nota divulgada pelo advogado Bruno Ortega, Rita foi diagnosticada com transtorno de borderline, faz uso de medicamentos controlados e está em tratamento psiquiátrico desde maio deste ano, devido à sua dependência de álcool e cocaína.

Ortega afirmou que a defesa irá analisar todas as provas apresentadas no processo e que a acusada exercerá seu direito de defesa no curso do processo penal, onde é garantido o contraditório e a ampla defesa.

Reação da rede Oxxo

A rede de mercados Oxxo confirmou o ocorrido em nota oficial, destacando que acionou as autoridades competentes imediatamente após o incidente e que está prestando todo o suporte necessário aos funcionários envolvidos na situação.

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