Moraes ordena prisão de Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio

Polícia Federal lança Operação Disque 100 para combater estrutura de obstrução de investigações e corrupção de crianças e adolescentes, com foco nos jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio.

Por Plox

14/08/2024 15h13 - Atualizado há cerca de 1 mês

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Disque 100, uma ação voltada para desmantelar uma suposta estrutura destinada a obstruir investigações de organizações criminosas, por meio da divulgação de dados sigilosos e da corrupção de crianças e adolescentes. Os principais alvos dessa ofensiva são os jornalistas Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, ambos com mandados de prisão preventiva emitidos contra si.

Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio Fotos: Roque de Sá/Agência Senado // Reprodução/Redes Sociais

Alvos no exterior

As ordens de prisão, no entanto, não foram cumpridas, já que Allan dos Santos reside atualmente nos Estados Unidos, enquanto Oswaldo Eustáquio vive na Espanha. Ambos são acusados de liderar ações que visam expor e intimidar agentes da Polícia Federal envolvidos em inquéritos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), "como forma de causar embaraço às apurações", conforme destacou a PF.

Investigações em múltiplos estados

Durante a operação, agentes da PF realizaram buscas em dois endereços relacionados aos jornalistas e executaram nove medidas cautelares diversas da prisão. As diligências ocorreram em diferentes estados, incluindo Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amazonas e Distrito Federal, e foram todas ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Utilização de perfis de menores em redes sociais

As investigações apontam que os jornalistas teriam "empregado crianças e adolescentes e seus perfis em redes sociais" para atacar os policiais federais, explorando a condição de menoridade para ocultar a verdadeira autoria dos ataques. A PF afirmou que, durante as diligências, a filha de Oswaldo Eustáquio fez uma postagem em redes sociais relatando a presença dos policiais em sua casa. Entretanto, a corporação declarou que o post foi feito enquanto a adolescente ainda dormia, sugerindo que "maiores de idade, inclusive responsáveis legais", utilizaram o perfil para continuar com as condutas de obstrução das investigações.

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