Acusado de matar mulher com cocaína injetável e tortura é julgado em Ipatinga

Alef Teixeira de Souza é julgado pela morte de Rafaella Cristina, crime ocorrido em 2023; ele foi preso na Colômbia e extraditado ao Brasil

Por Plox

14/08/2025 14h46 - Atualizado há 3 dias

Está sentado na cadeira dos réus nesta quinta-feira (14) Alef Teixeira de Souza, de 32 anos, acusado de matar Rafaella Cristina Miranda Sales, de 34 anos, em abril de 2023, no bairro Vila Celeste, em Ipatinga, no Vale do Aço. Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, Alef e Rafaella mantinham um relacionamento amoroso. Ainda de acordo com a acusação, ele submetia a vítima a sucessivas agressões físicas e injetava nela doses crescentes de cocaína, o que teria provocado uma overdose fatal. O julgamento é realizado na Câmara Municipal de Ipatinga e começou por volta das 10h30. Acompanhe os detalhes ao vivo.



O réu responde por homicídio qualificado, praticado com uso de asfixia e tortura, agravado pela condição de gênero da vítima e o contexto de violência doméstica. 


Imagem Foto: Andressa Estêvão / PLOX


Conforme os laudos e testemunhos reunidos no processo, Rafaella apresentava diversas lesões pelo corpo, hematomas e marcas de injeção nos braços. Após a morte da vítima, o acusado teria assumido o controle das redes sociais e do celular dela, enviando mensagens para familiares com o objetivo de ocultar o crime.


Imagem Foto: Rede Social


O julgamento está sendo realizado na Câmara Municipal de Ipatinga, localizada na Praça dos Três Poderes, no Centro da cidade. Pela manhã, foram ouvidas as testemunhas. O Ministério Público é representado na sessão do Tribunal do Júri pelo promotor Jonas Junio Linhares, da 11ª Promotoria de Justiça de Ipatinga.


Imagem Foto: Andressa Estêvão / PLOX


Alef foi capturado na Colômbia em 15 de agosto de 2023 e extraditado para o Brasil em 6 de fevereiro de 2025, sendo encaminhado ao sistema prisional brasileiro onde segue sob custódia preventiva. O processo tramita na Vara de Execuções Penais, de Precatórias Criminais e do Tribunal do Júri da Comarca de Ipatinga. A pena prevista para homicídio qualificado varia de 12 a 30 anos de reclusão, podendo ser agravada por conta da aplicação da Lei Maria da Penha e pela natureza hedionda do crime.


Imagem Foto: Andressa Estêvão / PLOX


Além do caso de Ipatinga, Alef responde por outra acusação grave: uma tentativa de feminicídio em São Paulo, datada de 17 de abril de 2021. Na ocasião, segundo denúncia do Ministério Público paulista, ele teria atacado uma mulher com vários golpes de faca por ciúmes de uma publicação em rede social. A vítima, com quem ele mantinha um relacionamento de dois meses, só sobreviveu porque conseguiu fugir e pedir ajuda. Este segundo julgamento ainda será realizado pela Justiça de São Paulo.


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