Mineiro tenta recorde mundial em salto com 200 paraquedistas nos EUA

Rogério Menezes, de Belo Horizonte, integra equipe internacional que buscará quebrar marca em salto vertical de cabeça para baixo em Illinois

Por Plox

14/08/2025 12h17 - Atualizado há 9 dias

O mineiro Rogério Menezes, de 42 anos, natural de Belo Horizonte e residente em Boituva, interior de São Paulo, está entre os 16 brasileiros que compõem o grupo internacional The Vertical Elite. A equipe se prepara para uma tentativa ousada de quebra de recorde mundial em salto de formação vertical, prevista para ocorrer entre os dias 16 e 22 de agosto, na cidade de Ottawa, estado de Illinois, nos Estados Unidos.


Imagem Foto: Reprodução de vídeo


O desafio consiste em realizar um salto sincronizado com 200 paraquedistas, todos em queda livre e de cabeça para baixo, formando uma figura geométrica no ar. A meta é superar o recorde atual de 164 atletas, alcançado em 2015, também nos EUA.


Imagem Foto: Reprodução de vídeo


Rogério conta que a formação foi redesenhada após duas tentativas frustradas em 2018 e 2022. “Mudaram a lógica de aproximação no ar e agora, com base nos testes em eventos menores, vamos tentar com 200 atletas”, explicou o paraquedista, vice-campeão brasileiro na modalidade Freefly, que envolve acrobacias aéreas.


A preparação incluiu participações em eventos seletivos nos EUA, como os recordes estaduais da Califórnia e da Flórida, além de recordes organizados no Brasil. Em 2023, Rogério liderou um salto com 54 atletas conectados em Boituva, marca que se tornou recorde sul-americano na modalidade.


Sua trajetória no esporte começou em 2019, com um salto duplo na Serra do Cipó. A experiência turística rapidamente se transformou em carreira profissional. “Em um mês fiz o curso e comecei a treinar em Boituva. Logo mergulhei no alto rendimento”, relatou.


Imagem Foto: Reprodução de vídeo


A formação Head Down, técnica usada na tentativa de recorde, exige precisão extrema. “Cada atleta precisa estar exatamente no ponto e tempo certos. Um erro pode colocar todos em risco”, alertou Rogério. A separação dos paraquedistas, chamada de break-off, é considerada o momento mais crítico do salto.


Durante o salto, os 200 atletas saltarão de nove aeronaves a quase 6 mil metros de altitude. Eles terão 60 segundos para se posicionar e formar a figura no ar. Para o recorde ser validado, todos devem se conectar corretamente conforme o padrão estipulado antes de abrirem os paraquedas.



Considerado a “Fórmula 1 do paraquedismo”, o salto em grandes formações verticais pode alcançar velocidades de até 350 km/h. A prática exige controle corporal avançado e atenção a cada detalhe.


Entre os saltos mais marcantes de sua carreira, Rogério destaca um evento noturno com pirotecnia. “Voar de cabeça para baixo, à noite, com fogo saindo dos pés e a cidade iluminada abaixo é como ser um meteoro no céu”, descreveu.



A jornada do atleta mineiro, que começou como turista, o levou aos céus do mundo em busca de um feito histórico no paraquedismo mundial.


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