Em entrevista exclusiva à Plox, Zema rebate Kalil e diz que se enganou com Alexandre Silveira
Governador de Minas cumpriu agenda no Vale do Aço e foi entrevistado como candidato ao governo do Estado
Por Plox
14/09/2022 11h22 - Atualizado há cerca de 2 anos
No fim da tarde dessa terça-feira (13), após cumprir agenda no Vale do Aço, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, concedeu entrevista exclusiva à Plox no hotel San Diego, no bairro Horto, em Ipatinga. Zema falou sobre economia, ações durante a pandemia e rebateu afirmações do principal adversário, Alexandre Kalil (PSD).
Assista a entrevista completa:
Em entrevista pela manhã de ontem, Kalil revelou que Romeu Zema teria procurado apoio do ex-presidente Lula (PT) para sua candidatura ao governo de Minas. “Eu não fui lá atrás do Lula não, como o governador mandou gente lá pedir apoio. Mandou deputado federal dentro do Instituto Lula para pedir apoio. Isso o presidente Lula me contou”, disse o ex-prefeito de Belo Horizonte em entrevista ao jornal OTempo.
Questionado sobre essa afirmação de seu adversário, Zema ressaltou que nunca teve contato algum com Lula ou membros da equipe do petista. “Até hoje eu ainda não tive, nenhuma vez, pessoalmente, com o candidato Lula e nem com ninguém da equipe dele. Eu não tenho conhecimento desse fato. Se alguém procurou, foi sem a minha anuência”, respondeu o governador.
Zema também aproveitou para atacar Kalil dizendo que ele faz “turismo eleitoral” pelo estado. “Me parece que esse meu adversário, que é quem está fazendo turismo eleitoral, porque ele sempre gostou de viver no meio da mordomia em Belo Horizonte e mal conhece Minas Gerais, como não está indo bem na campanha e nas pesquisas, ele parece que fica inventando alguns factoides”, relatou.
Pandemia - Onda roxa
Criticado por alguns prefeitos por aplicar a Onda Roxa em todo o Estado de Minas Gerais, Zema afirmou que todas as decisões em relação à pandemia de Covid-19 foram baseadas em critérios técnicos. “Eu não sou médico. Todas as minhas decisões foram alicerçadas em pareceres da minha equipe de saúde, em que eu confio muito. Quando eu tenho um problema de saúde, eu não me automedico. Eu vou no médico e peço alguma orientação”, disse Zema.
O governador ainda reforçou afirmando que “Minas Gerais conduziu bem com a pandemia”. Segundo ele, a taxa de mortalidade do Estado é a menor do sudeste, centro-oeste e do sul do Brasil. “Então nós temos aí um dado concreto que as nossas medidas foram eficazes", concluiu.
Contas do Estado
Romeu Zema falou que de vários investimentos feitos em Minas Gerais e que o seu governo tem conseguido colocar os débitos e folhas em dia. O governador criticou a administração anterior, de Fernando Pimentel (PT), afirmando que o antigo governo não cumpria a lei.
“Nós tínhamos um governo PT/Pimentel que não fazia nem o que é exigido por lei, um governo criminoso. Uma das coisas que eles fizeram foi descontar de 240 mil funcionários públicos o valor do empréstimo consignado; não pagaram os bancos, que ofereceram esse empréstimo, e os nomes de 240 mil funcionários públicos foram para o SPC e Serasa, ficaram com os nomes sujos. Isso eu não faço não!”, afirmou Romeu Zema.
O governador ainda relembrou que os servidores não tinham dia para receber o pagamento, o que não permitia um planejamento financeiro. "Da situação caótica que nós saímos para uma situação de previsibilidade é um avanço muito grande”, concluiu.
Zema afirmou que nenhum servidor, hoje, recebe atrasado na sua gestão e nenhum 13º salário em aberto. O candidato pelo Novo relatou também que precisou furar a fila de pagamento das fornecedoras de medicamentos, pois elas não queriam vender para Minas Gerais por existir débitos em atraso de gestões passadas.
Alexandre Silveira - candidato ao Senado
Perguntado sobre elogios feitos ao senador Alexandre Silveira (PSD), antes da definição do apoio de Lula, e quando ainda se cogitava uma aliança com o presidente Jair Bolsonaro (PL), Zema disse ter mudado de ideia. “O senador Alexandre Silveira teve um mandato ‘tampão’. Naquela ocasião, eu havia escutado de diversos prefeitos que eles tinham conseguido algumas emendas parlamentares, com o então senador Alexandre Silveira. Mas posteriormente, o que eu enxerguei foram muitos prefeitos falando ‘oh, aquilo lá foi uma jogada política e é porque agora ele é candidato’. Então, de certa maneira, eu posso dizer que minha opinião mudou. Parecia que ele estava fazendo um bem, mas um bem que tinha um interesse eleitoreiro”, finalizou o governador.